10 mitos e verdades sobre a hipertensão
Os dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) indicam que aproximadamente 30% da população adulta brasileira sofre de hipertensão. Em 2023, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), vinculado ao Ministério da Saúde, identificou que a incidência da hipertensão […]

Os dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) indicam que aproximadamente 30% da população adulta brasileira é hipertensa. Em 2023, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), vinculado ao Ministério da Saúde, identificou que a prevalência da hipertensão entre jovens de 18 a 24 anos foi a mais alta já observada.
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A cardiologista Fernanda Erthal, do laboratório Bronstein e da clínica CDPI, ambas da Dasa, afirma que a hipertensão é uma doença silenciosa e, frequentemente, não apresenta sintomas. “Ela pode permanecer assintomática por anos, e, em muitos casos, o primeiro sinal já é uma complicação grave, como infarto, AVC (acidente vascular cerebral) ou insuficiência renal”, alerta.
Contudo, certos sintomas podem estar associados à hipertensão, incluindo dores no peito e na cabeça, sensação de fraqueza, tontura, zumbido no ouvido, visão turva e, em algumas situações, sangramento nasal, conforme explica a médica, que também ressalta a relevância do diagnóstico precoce para evitar complicações a longo prazo.
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Diante de uma doença tão prevalente e potencialmente controlável, é essencial estar atento à aferição eventual da pressão arterial e ao surgimento de sintomas. A suspeita inicial ocorre com base em medidas elevadas de pressão arterial (acima de 140/90 mmHg). Para confirmar o diagnóstico, contudo, é necessário realizar, pelo menos, duas ou três medições alteradas em dias diferentes. Em alguns casos, exames como o Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) podem ser ferramentas importantes para auxiliar nesse diagnóstico.
Abaixo, dez mitos e verdades sobre a hipertensão arterial!
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A hipertensão afeta principalmente idosos.
A hipertensão pode afetar indivíduos de todas as faixas etárias, incluindo jovens e crianças, principalmente em situações de predisposição genética, obesidade e/ou estilo de vida sedentário.
A hipertensão é uma doença crônica que requer acompanhamento contínuo.
A condição geralmente não possui cura, porém pode ser controlada através de tratamento adequado.
Se eu não apresentar sintomas, minha pressão está normal.
A hipertensão é frequentemente chamada de silenciosa, pois, em muitos casos, não manifesta sinais evidentes, mesmo com níveis elevados.
A hipertensão eleva o risco de infarto, acidente vascular cerebral e doenças renais.
A hipertensão arterial danifica os vasos sanguíneos e, sem tratamento adequado, pode levar a complicações graves.
É só cortar o sal que a pressão volta ao normal.
A diminuição do sal auxilia, porém o controle da hipertensão implica em alterações no estilo de vida, incluindo alimentação balanceada, controle do peso, prática regular de atividades físicas e, frequentemente, o uso de medicamentos – sempre sob orientação médica.
O histórico familiar pode influenciar o risco de desenvolver hipertensão.
A verdade é que a predisposição genética é um fator relevante, o que ressalta a importância de acompanhar a pressão arterial em indivíduos com parentes hipertensos.
O estresse afeta os níveis de pressão sanguínea.
A verdade é que situações de estresse frequentes podem levar ao aumento da pressão arterial. são recomendadas técnicas de relaxamento e gerenciamento emocional.
Se eu estiver me sentindo bem, posso interromper o uso dos medicamentos.
Sentir-se bem não indica que a pressão sanguínea está controlada. A suspensão do tratamento sem orientação médica pode acarretar riscos à saúde.
Medicamento para pressão alta pode causar dependência.
O uso contínuo de medicamentos anti-hipertensivos é necessário devido à hipertensão ser uma condição crônica, e não por efeito de “vício”.
Uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos auxiliam no controle da pressão.
A prática de exercícios físicos regulares e uma alimentação com diminuição de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados são aliados essenciais no tratamento e na prevenção da hipertensão.
Por Rachel Lopes
Fonte: Carta Capital