11ª Festa Nordestina de Curitiba comemora a cultura nordestina com apresentações de forró, cordel e culinária no sábado (26)

O festejo, iniciado como um encontro casual de famílias nordestinas em Curitiba (PR), evoluiu para um dos eventos culturais regionais mais importantes da capital paranaense. A 11ª Festa Nordestina de Curitiba, que ocorrerá no sábado (26), com identidade nordestina, forró pé-de-serra, cordel, quadrilha junina e pratos típicos como baião de dois e buchada de bode.

Histórico do festejo

Originada há mais de 30 anos pelas famílias Assis e Santiago, a festa foi criada para relembrar o nordeste, atraindo atualmente tanto a comunidade migrante quanto moradores de Curitiba sem vínculos com a região. Um dos organizadores relata que o evento acontece há mais de três décadas, com uma breve interrupção na década de 2000, e foi retomado posteriormente, com espaço aberto para amigos do sul celebrarem, jogarem e conhecerem aspectos da cultura nordestina.

Veri Assis, um dos organizadores, recordou a história: “Tudo começou como uma festa familiar, por conta do mês de junho, mês de São João, com as festividades dessa época do ano e nossa gastronomia, além da música. E a participação da família, de amigos e amantes fizeram com que realizássemos uma festa aberta ao público que aprecia a cultura nordestina. Ao longo do tempo deixamos de fazer na casa da família e passamos a alugar salões. Estamos na 11ª edição da Festa Nordestina de Curitiba e esperamos que seja tão prazerosa quanto as anteriores e que também tenha a lotação máxima.”

A festa une elementos do boi e da resistência cultural.

A apresentação do Boi Estrela é um dos pontos altos da Festa Nordestina, que revive a lenda folclórica com emoção e envolve o público. “O boi nasceu da vontade do grupo de incorporar à Festa Nordestina mais elementos da cultura nordestina”, explica Veri Assis. A lenda do boi-bumbá ganhou destaque na celebração e se tornou um dos momentos mais esperados.

Assim como o forró pé de serra, com o tradicional trio nordestino – sanfona, triângulo e zabumba –, na música e na dança, o baião de dois, o mungunzá e a tapioca, incorporados à alimentação, e o cordel na literatura, outros elementos da cultura nordestina, como o folclore com a lenda do boi-bumbá, também conhecido como Bumba meu boi, são marcantes na região, destaca Veri.

O Boi Estrela surgiu na 6ª edição da festa e alcançou grande sucesso. O boi foi criado e desenvolvido na 6ª festa nordestina, e a adesão e participação foram tão significativas que, a cada edição, o grupo reinterpreta a história com novos elementos e adaptações à realidade, utilizando humor, improviso, identificação e envolvimento do público, características da arte nordestina.

A lenda, que inspira a apresentação, relata um drama folclórico. A história do boi-bumbo narra o relato de um casal de trabalhadores de uma fazenda, onde o homem, Seu Francisco, cuida com devoção do boi do patrão, o Boi Estrela, e sua esposa Catirina, grávida e ciumenta com os cuidados do marido com o boi, deseja comer a língua do animal, exigindo que o marido atenda ao desejo da “criança”. O desfecho trágico e mágico emociona o público: “Seu Francisco, sem saída, corta a língua do Estrela para a esposa, e o boi morre. Diante da morte do boi e o sofrimento do marido, Catirina se sensibiliza, e juntos invocam forças para salvar o boi”.

Ênfases na programação

Atrações musicais: Grupo Solidum (forró tradicional), Cláudio Santos (forró pé de serra), Forró de Maravilha e DJ Babs (mix de ritmos nordestinos contemporâneos).

Cultura popular: demonstração do Boi Estrela, quadrilha junina e declamação de cordel.

Gastronomia: oferece barracas com pratos como buchada de bode, baião de dois, cuscuz nordestino, munguzá salgado, tapioca, pamonha, espetinhos, pasteis, cachorro-quente, além de doces do Ceará.

Serviço

11ª Festa Nordestina de CuritibaData: 26/07/2025Local: Rua Amador Bueno, 627 – Bairro Centenário, Curitiba (PR).Horário: 19:00 às 02:30Entrada: Ingressos disponíveis no perfil de Instagram: https://www.instagram.com/festanordestina.cwb/

Fonte por: Brasil de Fato