Uma pesquisa do CEM (Centro de Estudos da Metrópole) da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) revelou que 3,28 milhões de pessoas residem em áreas precárias na região metropolitana de São Paulo, distribuídas em 1,12 milhão de domicílios. O estudo, publicado na quarta-feira (6.ago.2025), aponta que o processo de favelização persiste, embora com um ritmo de expansão mais lento em comparação com décadas passadas.
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O crescimento populacional em áreas precárias foi de 0,86% ao ano entre 2010 e 2022, uma taxa superior ao aumento anual de 0,74% observado para a população metropolitana no mesmo período.
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O estudo também identificou uma diminuição no número de moradores por domicílio nas áreas precárias, tendência similar à observada no restante da região metropolitana. Os municípios com maiores concentrações populacionais em assentamentos precários são São Paulo, Guarulhos, São Bernardo, Mauá, Osasco, Itaquaquecetuba, Santo André e Diadema.
As áreas da Zona Oeste e Zona Leste de São Paulo, por exemplo, concentram as maiores favelas da capital: Paraisópolis e Heliópolis.
Em linhas gerais, é possível afirmar que as áreas de precariedade abrigam uma população significativamente mais pobre, jovem, menos idosa, com maior proporção de indivíduos negros e pardos, e com elevada representatividade de chefias jovens, predominantemente femininas e de cor. Além disso, essas áreas apresentam índice de analfabetismo adulto mais elevado, conforme declarado por Eduardo Marques, diretor do CEM.
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Com informações da Agência Fapesp.
Fonte por: Poder 360