57 mil pessoas residem em cidades com baixo ou crítico desenvolvimento

Em 2013, a cifra atingia 103,8 milhões; índice da pela Firjan diverge do IDH calculado pela ONU.

10/05/2025 6h59

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(Imagem de reprodução da internet).

Em 2023, um estudo da Firjan revelou que 47,3% dos municípios do país apresentaram Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) baixo ou crítico.

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De acordo com o levantamento, cerca de 57 milhões de pessoas residiam nesses locais.

O estudo revela que 4,5% dos municípios apresentavam IFDM crítico, 42,8% indicavam baixo índice, 48,1% apresentavam índice moderado e 4,6% indicavam alto.

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A pesquisa também indica que houve progresso no índice de desenvolvimento humano municipal da nação durante a década.

Em 2013, 36% dos municípios se encontravam na categoria de IFDM crítico e 41,4% em baixo, totalizando 103,8 milhões de habitantes. Os municípios com índice moderado representavam 22,4% e aqueles com alto, 0,2%.

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O cálculo do IFDM avalia indicadores de emprego e renda, saúde e educação em cada município brasileiro. A pontuação varia de 0,000 a 1,000.

Os critérios são distintos do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) calculado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e divulgado na terça-feira (6 de maio).

A Firjan avalia indicadores como o mercado de trabalho formal, o Produto Interno Bruto per capita, a diversidade econômica, a taxa de pobreza, a educação integral, o abandono escolar, a educação infantil, a formação docente, a gravidez na adolescência, mortes infantis, a cobertura vacinal, internações sensíveis à atenção básica e ao saneamento inadequado, entre outros.

É considerado IFDM crítico aquele município que pontua menos que 0,400. Uma pontuação entre 0,400 e 0,599 é considerada baixa. De 0,600 a 0,799 é classificado como moderado. Já municípios com 0,800 ou mais entram na categoria de IFDM alto.

A média nacional subiu de 0,4674 em 2013 para 0,6067 em 2023, representando um aumento de 29,8%. Durante esse período, 5.495 municípios brasileiros (99% do total) apresentaram melhoria no índice.

Cidades com até 20 mil habitantes demonstraram um crescimento mais rápido em relação às cidades com mais de 100 mil habitantes, de acordo com a pesquisa.

O indicador de educação registrou a maior evolução nos últimos 10 anos, com um avanço de 52,1%. Contudo, 55 municípios apresentaram retrocesso, apesar da melhoria geral da situação do IFDM.

Ademais, o economista-chefe da Firjan, Jonathas Goulart, ressalta que diversos municípios apresentam índice baixo ou crítico.

Se analisarmos o padrão de desenvolvimento desses municípios com desenvolvimento crítico entre 2013 e 2023 e projetarmos, observamos que esses municípios com nível de desenvolvimento crítico só alcançarão o padrão das cidades com alto desenvolvimento em 2046.

Assim, observa-se que os municípios menos desenvolvidos apresentam um atraso de 23 anos em relação aos municípios com alto desenvolvimento. É possível identificar uma grande discrepância, correspondendo a dois países completamente distintos. Apesar de um país ser regido pela mesma Constituição e dentro de um mesmo regime político.

A pesquisa indicou que a maioria dos municípios com IFDM crítico ou baixo concentra-se nas regiões Norte e Nordeste, representando 87% de todos eles nessa escala do índice.

Os 14 estados com maior porcentagem de municípios com baixo ou crítico desenvolvimento encontram-se nessas regiões. No Amapá, 100% dos municípios se situam nessa situação.

Seguem, então, Maranhão (77,6%), Pará (72,4%) e Bahia (70,5%). Rondônia e Ceará apresentam situação melhor, com percentuais de 26% e 29,1%, respectivamente.

As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste concentram aproximadamente 20% dos municípios nessa situação.

Em São Paulo, a taxa é de apenas 0,3%. O Rio de Janeiro é o pior estado dessas três regiões, com 31,8% (acima de Rondônia e Ceará).

Municípios

Os dez municípios com os maiores IFDM estão localizados em São Paulo ou no Paraná. A lista é liderada pela Águas de São Pedro (0,8932), cidade paulista com economia voltada para o turismo.

Em 2º lugar, São Caetano do Sul, também em São Paulo (0,8882). Em 3º, Curitiba é a capital mais bem posicionada, com 0,8855.

Completa a lista dos 10 melhores índices:

Após Curitiba, as capitais com os melhores índices são: São Paulo (0,8271), Vitória (0,8200), Campo Grande (0,8101) e Belo Horizonte (0,8063).

Os dez municípios com os piores índices encontram-se no Norte e Nordeste. A lista é a seguinte:

As cinco capitais com os piores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IFDM) são: Macapá (0,5662), Boa Vista (0,6319), Belém (0,6390), Salvador (0,6442) e Manaus (0,6555).

Florianópolis foi a única capital com piora no IDH entre 2013 e 2023. Fortaleza e Maceió apresentaram os maiores avanços nesse período.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Poder 360

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