63% da população negra e pardamente entre 15 e 64 anos é analfabeto no Brasil
Um levantamento indicou que, entre os brasileiros com idade entre 15 e 64 anos, três pessoas são analfabetas funcionais para cada 10 indivíduos nessa faixa etária.

Uma pesquisa liderada pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) e publicada na segunda-feira (5) revelou diferenças nos índices de analfabetismo entre brancos e negros e pardos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo o estudo, 34% da população branca entre 15 e 64 anos são analfabetos. O percentual aumenta para 63% quando se considera a população negra e pardos. Os analfabetos, conforme o Inaf, são aqueles que não conseguem executar tarefas básicas que envolvem a leitura de palavras e frases, embora alguns deles possam ler números familiares, como o do telefone, da casa ou de preços.
O estudo ainda demonstrou que 29% das pessoas sem escolaridade e 38% das que completaram apenas o ensino fundamental são brancas, ao passo que na população negra esses percentuais são de 69% e 59%, respectivamente.
LEIA TAMBÉM:
● A greve dos servidores da Universidade de Brasília não possui data definida para término; o início do novo semestre está previsto para o dia 18 de agosto
● Estudantes aprovados no Fies 2025 precisam concluir o cadastro até sexta-feira
● Ministério da Educação divulga detalhes da negociação de dívidas do Fies para estudantes com pendências financeiras
Em 2024, 41% das pessoas que se autodeclararam brancas atingiram o nível de alfabetização consolidado. Entre os negros, esse percentual é de apenas 31%. Os pesquisadores avaliam que as diferenças entre os grupos étnico-raciais reforçam a desigualdade educacional no Brasil.
A pesquisa também indicou que, entre os brasileiros com idade entre 15 e 64 anos, três possuem dificuldades de leitura e escrita. Trata-se de analfabetos funcionais, que incluem aqueles incapazes de ler, escrever, compreender frases curtas ou identificar números.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Com o total da população brasileira em análise, o índice de alfabetos funcionais aponta para 29%. Esse valor é idêntico ao registrado em 2018.
forma clara
Estudos indicam que estudantes de medicina representam cerca de 70% do total.
Fonte: CNN Brasil