Governo de São Paulo estabelece ponto facultativo no dia da greve do Metrô e CPTM
28/11/2023 às 9h14
O governo de São Paulo determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital amanhã (28), em meio à previsão de greve dos trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp.
O que aconteceu
A administração de Tarcísio de Freitas (Republicanos) busca evitar o adiamento de consultas e exames previamente agendados pela população. No entanto, a medida não se aplica aos servidores da segurança pública e da educação, e os serviços dos restaurantes e postos móveis do Bom Prato permanecerão inalterados.
O governo assegura que consultas em unidades de saúde na capital e no estado serão reagendadas, assim como nos postos do Poupatempo.
Tarcísio tomou medidas legais contra a greve, buscando que 100% dos funcionários trabalhem nos horários de pico, e durante o restante do dia, a gestão pretendia manter pelo menos 80% dos trabalhadores em seus postos.
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) acatou parcialmente a solicitação do governador. A decisão judicial estabelece que 80% dos funcionários devem estar em serviço durante o horário de pico, reduzindo para 60% no restante do dia. O descumprimento desses percentuais pode resultar em uma multa diária de R$ 700.000.
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O vice-presidente do sindicato dos metroviários, Narciso Soares, afirmou que a categoria se pronunciará após a audiência de conciliação no TRT. Ele lamentou que a decisão tenha sido tomada antes de uma conversa. A presidente da entidade, Camila Lisboa, também destacou a falta de diálogo.
O governo de São Paulo alega que a paralisação tem “interesse político”, afirmando que as demandas dos sindicatos não estão relacionadas a questões trabalhistas. Os metroviários rebatem a crítica, argumentando contra o “modelo privatista” que, segundo eles, mesmo com mais recursos, resulta em maiores falhas e prejuízos para o estado e a população.
Metroviários têm reunião com o TRT
O sindicato dos trabalhadores do Metrô terá uma reunião no TRT, com uma audiência de conciliação agendada para as 15h45 de hoje. A categoria afirma que reiterará sua proposta de catraca livre como condição para continuar trabalhando amanhã. Às 17h, está programada uma reunião direta com o governo estadual, sem mediação judicial.
A presidente dos metroviários, Camila Lisboa, informou ao UOL que solicitaram, por meio de ofício, uma reunião com a prefeitura e o governo do estado para discutir o funcionamento da cidade durante o dia de protestos, visando facilitar a circulação da população.
A greve unificada é contra privatizações e terceirizações, conforme anunciado pelo sindicato dos trabalhadores do Metrô de São Paulo.