DF: Ex-namorado que apunhalou mulher 47 vezes é sentenciado a 31 anos de cárcere

O Tribunal do Júri de Samambaia condenou Reriton Gomes (foto em destaque), de 38 anos, a 31 anos e seis meses de prisão por matar a ex-companheira Gabriela Bispo de Jesus, 33, com 47 facadas na frente do próprio filho.

Durante o julgamento, os jurados concordaram com a acusação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e declararam que o réu cometeu um crime de feminicídio dentro de um ambiente de violência doméstica e familiar, com um motivo detestável.

Para o juiz presidente do Júri, o fato de o crime ter sido cometido no interior da residência da vítima, em 9 de maio de 2023, demonstra a atitude covarde do réu em atentar contra a vida da mulher no local que deveria representar um ambiente seguro.

Além disso, de acordo com o juiz, houve quebra de confiança porque, segundo o depoimento de uma testemunha, a vítima não acreditava que o réu tentaria matá-la.

De acordo com o magistrado, as consequências do crime são graves, uma vez que a vítima deixou um filho autista de 3 anos de idade.

O juiz destacou que quando uma criança fica órfã em uma idade tão jovem e recebe um diagnóstico que precisa de muitos cuidados, isso pode causar traumas profundos e irreparáveis no desenvolvimento do indivíduo, especialmente se a criança for autista.

O juiz também mencionou que uma pessoa que testemunhou disse que a criança dependia muito da mãe, pois, devido à sua condição, “o menino não conseguia falar, então era a mãe que descobria o que ele queria e satisfazia suas necessidades”.

Reriton terá que ficar preso desde o começo da pena e não pode apresentar recurso em liberdade.

Vamos relembrar o caso.

De acordo com o Metrópoles, no dia do crime, o criminoso estava embriagado quando chegou à casa da vítima e a assassinou por ser mulher. Depois do homicídio, ele fugiu a pé levando o filho consigo.

De acordo com as investigações, o assassino estaria chateado com o término do relacionamento. Segundo pessoas que viram o ocorrido, Gabriela teria gritado por “socorro” para tentar se proteger dos golpes de faca.

Reriton foi preso preventivamente pela 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) depois de se entregar.