A empresa de Renato Cariani já foi investigada por dano ambiental
12/12/2023 às 19h25
O influenciador fitness Renato Cariani é dono da empresa Anidrol Produtos para Laboratórios. Hoje, a Polícia Federal realizou uma ação em sua empresa, e essa não é sua primeira investigação, já que a mesma empresa foi acusada de dano ambiental em 2021.
O caso foi conduzido pela delegacia de Meio Ambiente de Diadema, município da grande São Paulo, onde a empresa está sediada. À época, os policiais constataram o descarte irregular de resíduos contaminados e de equipamentos de proteção individual (EPIs) misturados com resíduos comuns.
Durante o trabalho de fiscalização, também foi identificado que o certificado de descarte de resíduos estava vencido. Cariani chegou a ser ouvido no âmbito do termo circunstanciado e contou que os funcionários são orientados a descartar o lixo em suas respectivas caçambas, mas que por um equívoco acabaram por misturar os resíduos.
O Instituto de Criminalística (IC) fez um relatório em que constatou que os produtos químicos estavam sendo descartados de forma errada e também armazenados de maneira inadequada.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) decidiu encerrar o caso, pois concluiu que o descarte foi feito de forma irregular, porém não representou riscos ao meio ambiente. Em um documento emitido em junho de 2021, o promotor do caso ressaltou que as infrações precisam ser corrigidas, mas não houve intenção de causar contaminação.
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De acordo com o documento, é necessário corrigir eventuais problemas, mas não houve intenção criminosa nesse caso, o que impede qualquer responsabilidade penal.
Procurado para comentar o caso, o influenciador não respondeu. O espaço segue aberto.
Polícia Federal está em ação
A Polícia Federal (PF) de São Paulo realiza uma operação, na manhã desta terça-feira (12), contra uma organização criminosa que desviava produtos químicos para a fabricação de drogas. Entre os alvos da ação, estão o influenciador Renato Cariani e a empresa, em Diadema, da qual ele é sócio-proprietário.
De acordo com investigadores envolvidos na Operação Hinsberg, a quadrilha emitia notas fiscais fraudulentas de empresas devidamente licenciadas para vender produtos químicos em São Paulo, como a Anidrol, pertencente a Cariani.
O pagamento era feito em espécie por meio de “laranjas”. Os criminosos se passavam por funcionários de multinacionais.
De acordo com a Polícia Federal, aproximadamente 12 toneladas de componentes químicos foram desviadas. Esses componentes incluem fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. Com esses materiais, seria possível fabricar 19 toneladas de crack e cocaína para consumo.
Empresas de fachada foram utilizadas para maquiar o esquema.
Em nota, a PF afirma que “as pessoas relacionadas aos fatos investigados responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro“.