Centenas se encontram em Gaza depois que jornalista morre em ataque aéreo em Khan Younis
16/12/2023 às 13h05
Centenas de pessoas se reuniram no sábado (16) para o funeral do jornalista Samer Abu Daqqa da Al Jazeera. Ele morreu devido a ferimentos causados em um ataque aéreo na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, no dia anterior.
O corpo de Abu Daqqa, envolto em um pano branco, foi carregado nos ombros da multidão reunida do complexo médico Al-Nasser, em Khan Younis, até um cemitério próximo. Em seu peito estavam o colete de imprensa e o capacete que ele usava quando foi ferido.
Wael Dahdouh, chefe do escritório da Al Jazeera, perdeu sua esposa, filha, filho e neto em um ataque aéreo israelense em outubro. Ele acusa Israel de ter como alvo seu ex-colega e está determinado a continuar seu trabalho.
Hoje perdemos Samer de forma cruel. Mesmo estando oficialmente coordenados e atribuindo suas tarefas, ele foi morto por um míssil direcionado. Todos os amigos e colegas de Samer estão apoiando-o e continuarão divulgando esta mensagem nobre. Apesar de mais de 80 de nossos colegas e suas famílias terem sido mortos, seguiremos fazendo nosso trabalho e relatando os acontecimentos. Esperamos que este seja o último assassinato e pedimos a Deus para ter misericórdia da alma de Samer.
O funeral contou com a presença de amigos, familiares e colegas, muitos deles vestindo coletes de imprensa. A esposa e os filhos de Abu Daqqa vivem na Bélgica.
Leia também:
BC Alerta: Exposição de Dados Afeta 8 Mil Chaves Pix do BTG Pactual
Bukele afirma que resultados das eleições marcam história e sugere um partido único
Mais de 900 mil pessoas na Califórnia estão sem energia devido a inundações
As orações foram feitas no cemitério e a mãe de Maher, Umm Maher, chorou enquanto se ajoelhava para rezar sobre o túmulo de seu filho antes do enterro.
Al Jazeera Media Network emitiu um comunicado na sexta-feira (15) condenando o ataque aéreo que resultou na morte de Samer Abu Daqqa e no ferimento de Wael Dahdouh.
“A Rede acusa Israel de perseguir e assassinar sistematicamente jornalistas da Al Jazeera e seus familiares”, afirmaram.
Não foi possível verificar as alegações por conta própria e entrou em contato com os militares de Israel para obter comentários, porém não recebeu resposta.