Santander prevê que o Ibovespa atingirá 160 mil pontos em 2024 se o Selic for 9,5%
18/12/2023 às 14h25
De acordo com informações do Santander, o Ibovespa, índice que representa a bolsa de valores do Brasil, pode atingir a marca de 160 mil pontos até o final de 2024. Essa expectativa é baseada nas medidas de flexibilização monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
O banco espera que a taxa básica de juros, chamada Selic, caia de 11,75% para 9,5% ao ano até dezembro.
Na última reunião do Copom, que aconteceu na semana passada em 2023, o Banco Central decidiu reduzir a taxa Selic em 0,50 p.p., trazendo-a de volta ao nível de março de 2022.
O anúncio marcou o quarto corte da taxa desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário. “Desde então, o Ibovespa subiu 15%, mas ainda vemos espaço para uma recuperação mais forte, com o índice atingindo 160 mil pontos até o final de 2024”, diz o Santander em relatório deste domingo (17).
O boletim Focus do Banco Central mostra que a estimativa de mais de cem especialistas do mercado e instituições para os principais indicadores econômicos prevê que a taxa chegará a 9,25% nos próximos doze meses.
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O banco afirma que sua visão positiva é porque o Banco Central do Brasil está gradualmente reduzindo a taxa Selic e espera que chegue a 9,5% até o final de 2024. Também prevê que a economia dos EUA terá uma desaceleração controlada, o que pode fazer com que o Fed baixe as taxas no próximo ano.
O banco prevê que as empresas nacionais dos setores de educação, transporte, varejo, alimentação e bebida, e saúde terão uma recuperação nos lucros.
Acreditamos que a queda no crescimento do lucro por ação foi o pior cenário. Após uma redução de aproximadamente 20% em 2023, esperamos que haja uma recuperação de 15% em 2024. Essa melhoria será impulsionada principalmente pelas empresas do nosso país.
Riscos no radar
A tese positiva do Santander para o Ibovespa pode ser inviabilizada por uma série de riscos. Entre eles, estão as pressões inflacionárias mais fortes e duradoras nos EUA, o que pode fazer com que o Fed (BC americano) opte por um apeto monetário ainda mais rigoroso.
Uma política fiscal expansionista no Brasil também pode afetar negativamente os ganhos na Bolsa, de acordo com um banco que menciona a possibilidade de uma perda maior de confiança no processo de consolidação fiscal e na estabilidade, o que pode resultar em pioras nas condições financeiras.
A instituição também menciona que a economia mundial mais lenta pode dificultar a valorização dos preços das matérias-primas.