Caso Gritzbach (PM): Indicação para investigação criminal contra 16 pessoas acusadas da morte do testemunha protegida pelo PCC
16/04/2025 às 21h47

São Paulo — A Corregedoria de PolíciaMilitar indicou 16 policiais por escolta ilegal e envolvimento no assassinato do delator do Primeiro Comando da Capital, Vinicius Gritzbach. O InquéritoPolicial Militari foi concluido nesta terça-feira (15/4).
Dos citados, 12 serão responsáveis pela acusação de crime organized e um pelo falso ideológico. Os três policiais suspeitos foram indicados por organizações criminosas para a prática da agressividade violenta.
A Secretaria deSegurançapública(SSP) declarouque “devido àsinvestigações,dezessete políciasmilitares foram mantidos em prisão”.
Conclusão da Investigação
Polícia Civil encerrou o inquérito policial que investigava a execução do Sr. Vinicius Gritzbach, mortalmente ferido por tiros ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos em 8 de novembro passado. O encerramento ocorreu dia 14 de março deste ano.
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Em uma conferência à imprensa realizada 126 dias após a abertura das investigações em um escritório do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção da Pessoa (DHPP), localizado no centro capital paulista, os responsáveis pela resolução deste caso afirmaram ter reunido “evidências sólidas” que demonstram a participação dos suspeitos em um crime específico. Essas evidências detalham as atividades individuais de cada acusado no delito, identificando suas condutas. Em total, foram solicitadas conversões da prisão temporária preventiva para oitava pessoa. Seis por causa do assassinato a Gritzbach e duas pelo apoio às pessoas envolvidas no crime, facilitando sua fuga dos criminosos.
“As pesquisas chegam ao fim nesta etapa. O inquérito apresentará provas técnicas sólidas para que possamos suportarmos a Acusação Pública em sua acusação. Continuaremos também as investigações adicionais e eventualmente participações de outras pessoas”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian.
O questionário contém aproximadamente 20 mil páginas e é o resultado da análise de cerca de seis terabytes de arquivos, compostos por imagens, áudios e outras informações obtidas através das quebras do sigilo e buscas realizadas pela Justiça.
A diretor do DHPP (Departamento de História e Política Pública) Ivalda Aleixo declarou que o acesso ao material coletado foi restrito durante as investigações. “O material foi visto, revisado e discutido em uma sala isolada”, disse ela. “Contamos com um grupo de trabalho especializado para realizar pesquisas extensivas nesses meses”.
Embora a investigação tenha sido encerrada, três inquéritos policiais estão em andamento simultaneamente para esclarecer diversas questões. Entre elas está o motivo que levou Gritzbach à busca de joias com valor estimado em R$ 2 milhões no dia da sua morte e a possível participação de outras pessoas na fornecimento de informações antes do crime, tanto durante quanto após ele.
Solicitados para o Crime (PT)
De acordo com as investigações da Força-Tarefa do Ministério Público (MP) responsável pelo caso, o mandado para a execução de Gritzbach foi dado por Emílio Carlos Gongorra, conhecido como “O Cigarreiro”, que contou com Diego Amaral no planejamento. Este último é também chamado popularmente de “Didi”.
Dois indivíduos planejaram cometer um crime para se vingar da morte de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido pelo Apelido Preto e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. Gritzbach é acusado pela mortes dessas duas pessoas.
Cigarreio era amigo pessoal e sócios comerciais da Pretona-Preta. Didi estava no carro junto à Pretona-Preta minutos antes que o parceiro fosse assassinado, em 2022, de acordo com as autoridades.
“Eles são provados técnicicamente como mandantes dos crimes”, declarou a detetive Luísa Pessoa da HPD. Nós possuimos extratos de nuvem e mensagens que comprovam diás falando sobre uma motivação para vingança”.
Além da vingança, Gritzbach também foi assassinado por ter começado a denunciar esquemas do Primeiro Comando-Capital (PCC) ao Ministério Público Estadual de São Paulo (PROSP).
Todos membros do indicados triônios tiveram a prisão preventiva solicitada pela polícia, mas se encontravam fugidos. Além deles, Kauã do Amaral Coelho também estava em fuga após ser identificado como um olheiro que esteve presente no aeroporto e avistou os executores sobre as ações de Gritzbach nesse local.
Ainda não existem dados confiáveis sobre onde se encontram os tres suspeitos. No entanto, a Polícia tem certeza de que eles estejam numa comuna no estado do Rio de Janeiro.
Polícia Federal
Paralelamente à investigação sobre o assassinato de um delator do PCC (Comando Vermmelho), a Polícia Federal conduziu uma pesquisa para investigar uma associação criminosa composta por policiais civileiros ligados ao mesmo, envolvendo lavagem de dinheiro além da corrupção ativa e passiva. Até o momento, 26 suspeitos foram presos: 17 são militares policiais, cinco são agentes civis policiais e quatro pessoas relacionadas a Kauã (citado anteriormente).
Denúncia ao Município Prefeitura da Saquarema (MPSA)
A Justiça aceitou uma denúncia apresentada pelo Ministério Público em fevereiro deste ano. Como resultado da investigação realizada por eles, 12 pessoas foram declaradas culposas; entre essas estão oito policiais civis e empresários, além de um advogado.
Veja as acusadas(as)
Executar o Processamento Judicial de Gritzbach
Vinícius Gritzbach foi executado no dia 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos. Estavam voltando da sua jornada até Macaé, na Alagoas.
Na entrevistas feitas à namorada da vítima, Maria Helena Paiva Antunes afirmou ter ouvir o companheiro no telefone nos dias 5 e 6 de novembro falando com uma pessoa que lhe devia dinheiro. “Posteriormente ele determinou [os militares] Samuel Tillvitz da Luz e Danilo Silva, motorista, ir à Maceió buscar algumas joias para pagamento dessessa dívida.”
Voltado ao dia da execução, quando Gritzbach passava pela área de desembarque um carro parou no local. Dois homens encapuchados desceram do veículo vestidos com coletes a prova balas e portando rifles.
Quando se aproximava alvo, os dois começaram a dispara-lo. Foram 29 tiros; dez deles atingiram Gritzbach e ele morreu no local imediato. Pelo menos um dos disparos acertou o rosto da empresa.
Além do indivíduo mencionado anteriormente, também morreu uma pessoa que trabalhava como táxi e mais duas ficaram Feridos devido a tiros.
Veja o víдео onde é mostrado aquele instante no qual o empregador sofre um acidente, tocando-lhe as roupas:<br><em>(Nota do tradutor – “empresário” foi reescrito como “Empregador”, pois em português brasileiro a palavra é feminina e o texto original estava referindo-se ao empresario masculino.)</em>
O casos foram examinados pela DJSP (Departamento Jurídico e Policial Penal), através da criação específica de um grupo técnico destinado à análise deste caso.
Fonte: Metrópoles