A via Sacra agrega diferentes credulidades e conduz aproximadamente 150 mil pessoas à Colina do Sagrado
18/04/2025 às 21h57

A noite caiu sobre o Morro da Capelinha, em Planaltina; porém, a chama do fogo permaneceu acesa – e brilhou mais forte na hora mais esperada pelo Caminho Sagrado: a ressurreição de Cristo.
Quando a cena foi desenrolada ao ponto mais alto da colina, um silêncio respeitoso tomou conta do público seguido por applausos, gritos de “aleluia”, canções religiosas e fogos artificias. Fieis que estavam presentes no evento na noite deste sexta-feira (18/4) se emocionaram e não conseguiram conter as lágrimas.
A apresentação anual foi conduzida por aproximadamente 1.100 indivíduos e contou com a presença estimada em cerca de 150 mil fiéis, alcançando seu ponto culminante na representação do ressurgimento de Jesus. O espetáculo não só celebra o cristianismo como também se tornara um espaço plural que atrai indivíduos com crenças diversificadas – ou até mesmo sem religião.
“Não sou católico nem seguido de qualquer religião; porém vejo porque sempre ouvi falar sobre isso”, afirmou Jonch Wainh (de 18 anos), com um olhar respeitoso em relação à apresentação.
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Para Maria Clara Gomes, de 13 anos e católica, a encenação é uma oportunidade para renovar sua fé: “Muitas pessoas pensam que Páscoa só traz chocolate ou coelhos, mas essa representação mostra verdadeiramente seu significado – ele morreu por nós salvar. Se não fosse isso, estariamos perdidos pelos nosso pecados”, afirmou com paixão.
Ascensão para a Colina do Sagrado Oratoriô (Capelínia)
Subir a Morro da Capelinha durante Sexta-feira Santa é muito além de assistirmão uma peça: É viver uma experiência. Antes mesmo do crucificamento e ressurreição, o público foi envolvido por cenas menores espalhadas ao longo da rota que prepararam os fiéis para momentos mais intensos na Via-Sacra.
Observe (ou veja):
1. Reescrita do Texto Original
Cada cena ilustra passagens da vida de Jesus e sua sofrimento, desde seu prisão até julgamento. Os atores vestidos com figurinos distintivos entregam ao público uma representação próxima do doloroso caminho que ele percorreu durante o evento.
Um dos momentos mais emotivos ocorreria aproximadamente às 18:20 horas, ao passo que Jesús inicia a transporte de uma carga pesada em forma da Cruz e é flagelado no trajeto seguinte.
Às aproximadamente 19 horas e trinta minutos, várias pessoas no teatro começavam a chorar na cena em que Jesus é crucificado e morria nas brascas da sua mãe, Maria.
É como se está fazendo uma peregrinação junto com Jesus. A cada cena, reflete um pouco mais”, descreve Maria Antônia Silva de 54 anos que percorre o trajeto todo ano em família. Este ano acompanha-a sua filha, genro e neto.
Observe as fotos da via sagrada no Morro da Capela.
Homemageio que transfere sofrimento para energia
Para algumas pessoas, essa Caminhada tem um significado especial pessoal. É assim para Larissa Fernandes e Francisca Maryelle que subem todos os anos a Morra da Capelinha sem calçados em homenagem à irmã de Larisa, Regiane, desaparecida no ano de 2023 na Ponte do bairro Fátima, Planaltina. “Nossa promessa seria cumprida quando ela fosse encontrada e foi; porém infelizmente morta”, afirma Larissa vestindo uma camiseta com o rosto da irmã impresso enquanto percorrem a distância do morro acima.
“Foram momentos de muita ansiedade e incerteza; no entanto, agora podemos homenagear sua memória todos os anos por perto”, declarou Francisca, que era amiga de Regiane. A promessa de subir o morro é uma forma para elas manter a lembrança viva e alimentando esperança; transformam-na em fé e resistência ao sofrimento.
Mesmo com dor no joelho e problemas para andar, Manuel Francisco Netto, de 59 anos, morador do Vale amanhecer se prepara para subir cerca de um quilômetro até o topo da colina. “Tenho problema no meu joelho”, mas eu vou mesmo assim escalar.” Diz ele com fé em Deus”. Para ele, a tradição é mais do que uma prática: é momento para oração, gratidão e pedidos de saúde. “Pedido muita melhoria, paz”, declara. “Gosto bastante deste lugar; não há outro igual.”
Segurança
A Polícia Militar do Distrito Federal reforça o patrulhio durante a Via-Sacra de Planaltina realizada nesta sexta (18), no Morro da Capelinha, que congregará aproximadamente 100 mil pessoas. A operação contaria com as atuações especiaslizadas das unidades como Bope, BPTran, Cavalariia e BPCães além de equipes convencionais e motopatrulhamento.
Na ação do corpo dos bombeiros estão envolvidos na missão Via Sacra aproximadamente 200 militares e 23 veículos, sendo distribuídas esses últimos em nove tipologias agrupadas em cinco postos ou menores unidades circulares durante o evento.
Fonte: Metrópoles