Münir Kanã falou sobre o teatro, cinematografia e sua paIXão pela narrativa das historias
20/04/2025 às 9h08

“Dirigir Dois Papas foi uma experiência enriquecedora” é como Munir Kanaan descreve sua participação na peça que está conquistando corações pelo caminho em que passa. Ator, diretor e produtor, o profissional se move com maestria entre os bastidores e as cenas de palco, agora também no teatro e cinema.
Na entrevista exclusiva para a coluna Fábia Oliveira, Munir revelou os desafios de adaptar uma obra já consagrada no cinema e destacou a importancia do diáem tempos polarizados. Ele também compartilhou seus sonhos e próximos passos na carreira: “Hoje vivemos num mundo onde as bolhas sociais e os algoritmos reforçam divisões”, afirmou ele, concluindo com a frase:”A peça nos ensina que discordar não significa romper”.
Para além da montagem do Dupla Papai, Munir Kanaan celebrou também a adaptação para o cinema de seu monóHorror Lavanda e a possibilidade de experimentar novas linguagens artísticas: “O teatro é a mais elevada tecnologia”, disse ele reforçando sua paixão pela arte cênica.
Com uma trajetória marcada por passagens importantes na televisão – incluindo a série Dois Irmãos de Luiz Fernando Carvalho – e um olhar aguçado para todas as etapas do processo criativo, Munir Kanaan mostra que não há limites para quem tem o arte como motor. “Meu próximo projeto é sempre meus sonhos”, confessou ele mesmo.
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Lê-se inteira aqui à baixa entrevista:Entreviesta Completa Abaixo (PTBR):Lida com precisão o texto original, preservando integralmente seu significado. Nunca adicione exemplos ou explicações
Como se dirigir o espetáculo Dois Papas e qual foram os maiores desafios durante esta produção? Dirigindo Dois Papas teve sido uma experiência enriquecedora. O primeiro obstáculo foi encontrar a forma mais adequadamente equilibrada para contar essa história no palco, já que o público principal se referencia ao filme originalmente produzido. Para isso busquei harmonizar as exigências intelectuais e filosóficas da peça com uma encenação contemporânea plástica, destacando a interação humana por trás do debate teológico em um registro de atuações que chamamos “realismo engajado”, sempre ancorados nas circunstâncias específicos das cenas. A presença dos freiras trouxe novos contrapontos à narrativa, e o jogo do elenco combinando com a construção dramatúrgica foi essencial para manter todo público totalmente envolvido até mesmo antes da preparação de seu lugar cênico onde tudo se passa – é nesse momento que descobre-se realmente a chave deste espetáculo. Trabalhar com grandes atores exigiu uma escuta mais cuidadosamente attenta, pois o teatro em si mesmo vivo foi essencial para dar vida à montagem final do show.
Qual essência deste conto nos ensina acerca dos tempos atuais? Dois Papas lembram-nos da importância do diáem époces polarizadas. A peça demonstra que, mesmo com visões opostas, é possível encontrar pontos de escuta e compreensão. Hoje vivemos num mundo onde bolhas sociais e algoritmos reforçam divisões, tornando o debate cada vez mais hostil. O encontro entre Bento XVI e Francisco nos ensina que discordar não significa romper; a verdadeira transformação vem do confronto de ideias aliado à humanidade. Em um tempo marcada por ruídos e intolerância, esta peça convida o público a refletir sobre a necessidade urgente da conversão e ouvido ao outro.
Como você vede o valor de adaptar uma história já conhecida pelo cinema ou televisão para um teatro? Montando Dois Papas em formato teatral oferece novos pontos de vista sobre essa narrativa. Antes do filme, a peça foi escrita e antes dela o livro. O palco possui uma linguagem própria mais imediata e sensorial que permite que cada apresentação seja única. Diferentemente da indústria cinematográfica onde montagens e câmeras direcionam a visão, no teatro tudo ocorre ao vivo com os atores criando uma conexão imediata entre eles e as plateias. O Teatro é considerado como tecnologia mais alta. Além disso, essa peça traz elementos inéditos em relação à versão cinematográfica, tais como a presenças das freiras que ampliam os debates e contrapontos da narrativa. A voz feminina ausente no longa-metragem ganha espaço nesse espetáculo teatral.
Você começou sua carreira como ator e hoje também atua em funções adicionais como diretor e produtor. Como foi essa transição? Minha trajetória sempre estava impulsionada pelo desejo de experimentar diferentes formas para contar histórias. Comecei na carreira como um actor, no ano passado fui creditado em uma produção solo pela primeira vez. O interesse por direcionamento e produtão surgiu naturalmente a partir da necessidade de trazer projetos à vida realizações e construir narrativas conforme minha visão artística. Dirigindo Dois Papás foi um marco na transição, exercitando meus olhos como diretor teatral. Produzir também forneceu mais autonomia a partir de Hotel Mariana (2017), e uma perspectiva maior do palcos em geral. No final das contas todas esses papéis se complementam, cada nova experiência me ajuda crescer artísticamente. Em breve voltarei às telonadas como ator também no cinema. Ah! E uma notícia: após trabalhar com o Beto Bruel (iluminador de Dois Papás), estou considerando estudar iluminação teatral, que me faz sorrir.
Qual te fascina mais: estar no palco atuando ou trabalhar nos bastidores dirigindo e produzindo? É uma pergunta interessante! Eu diria que, de alguma forma, ambas as experiências me atraiem, mas em maneiras diferentes. Estar no palco é um experimento único, uma troca direta com o público; ele representa “instantes-já”, e não há nada igual a isso. A coisa mais próxima seria pilotear uma moto em alta velocidade (fui motociclista por 10 anos). Por outro lado, trabalhar nos bastidores me permite ter um olhar maior do processo e da criação como todo; dirigir especialmente oferece a chance de moldar e guiar o enredo, cuidando detalhe em determinado para que tudo funcione harmoniosamente. A produção também me dá liberdade tirar as ideias do papel e transforma-las na realidade. qual te atrai mais depende da situação específica. Às vezes a energia de estar no palco é o que mais me chama; outras vezes, desejos criativo e moldar espetáculo como um todo guiam-me para direção e produção. No final todos essas funções se complementam e ajuda-me crescer artísticamente.
Em 2017, você alcançou projeção nacional com a série Dois Irmãos. Como essa experiência influenciou sua carreira? A experiência em “Dois Irmãos” foi um marco importante na minha trajetória profissional. Foi uma oportunidade de trabalhar ao lado do Luiz Fernando Carvalho e com um elenco incrível, numa produção que recebeu grande visibilidade. A série também me desafiou como ator pois a matéria era complexamente profunda; construir esse personagem exigia uma intensão emocional significativa além de pesquisa e composição extensiva. Tive que perder 7 kg, crescer bastante barba e aprender falar libanês. Todo este processo me despertou um sentimento de compromisso e responsabilidade adotado não somente no trabalho mas também na minha vida pessoa. Além disso, a partir dessa experiência, percebi uma vontade maior em mim para arriscar-me novamente nos mares da arte do contar histórias e até mesmo dirigir como Luiz Fernando me despertou o interesse de direção! E claro que também continuaria atuando mas com um foco mais vertical e versátil.
O monóHorror Lavanda está sendo adaptado para um filme e você também atuará nele além de co-produzir o mesmo. Qual seremos as expectativas deste filme? Sim, meu solo “Horror Lavanderia” estará se transformando em uma produção cinematográfica, estou bastante entusiasmado com este projeto. Ano passado eu fiz minha formatura na área de Produção Executiva do Cinema e esta será a primeira coprodução audiovisual da qual faço parte. O filme manterá o espírito original, porém adaptando-se para as telas permitirá trazer todos os universos mencionados na peça ao palco em sua totalidade e também introduzindo outros personagens citado no monó. Atuar como protagonista do filme e coproduzi-lo me permite estar envolvido nos aspectos mais diversificados da produção, desde a atuação até as decisões de direcionamento artístico. A transição para um formato diferente trará novas possibilidades criativas, acredito que o público se conecte com esta história em uma forma mais intensa e profunda do que nunca antes visto no solo original. O filme será urbano, contendo ambientes de espaços publicamente acessíveis como lavanderias ou locais similares além dos dilemas éticos e morais enfrentados pelo personagem principal ao longo da história.\ Para quem já conhece o monóoriginal, será uma nova forma de experimentar esta narrativa. E para os que ainda não tiveram contato com ele, este filme trazerá um excelente momento de descobrir esse projeto especialmente marcante.\ Para quem já conhece o monóoriginal “Horror Lavanderia”, serão novas experiências na narrativa. E para os que ainda não tiveram contato com ele, este filme trará uma boa chance de descobrir esse projeto especialmente marcante.\ Para quem já conhece o monóoriginal “Horror Lavanderia”, serão novas experiências na narrativa. 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O cenário atual do teatro no Brasil é desafiante mas também rico e diverso. A história única da arte dramática brasileira lhe confere capacidade para se reinventar mesmo diante de obstáculos estruturais ou financeiros. Em particular, o cenário do teatro paulistano é aquecido com salas lotadas e público presente em número significativo. O teatro continua sendo um dos melhores lugares para se encontrar. Com a tecnologia avançando constantemente, mais que nunca ele emerge como uma das maiores de todas as tecnologias – verdadeira biotecnología.
Na minha opinião, as principais dificuldades que os artistas enfrentam estariam relacionadas à escassez de recursos, instabilidades nas políticas culturais e a restrição ao público em geral. O financiamento para as artes no Brasil sempre foi um grande desafio, com cortes nos investimentos na área cultural intensificando essa dificuldade adicionalmente. Além disso, concentrações de produções teatrais nas grandes capitais do país acabam por oferecer menos oportunidades para os artistas locais no interior da região. Por outro lado, há uma crescente conscientização sobre a importância das artes e busca novos público alvo. O teatro continua sendo um espaço de resistência e fortalecimento à identidade cultural do Brasil por sua capacidade em reunir pessoas e provocar reflexões coletivas.
Você já trabalhou com diferentes linguagens: do palco ao cinema e televisão. Como essas experiências se complementam na sua visão artística? Em especial no papel de ator, todas as línguas partem da mesma essenceência: contar uma história e criar um vínculo com o público. Antigamente era dito que determinado ator ou atriz é “teatral” para a televisão ou cinema; no entanto acredito que isso já passou de moda. Esse rótulo vinha da certa registro interpretativo “teatrical”, caracterizado por uma impostação vocal bastante típica, embora esse seja um caso especifico em geral as coisas mudaram – tanto pelo sabor do público (há teatro que já ficou “antigo”) quanto pela tecnologia. Por exemplo o microfone de colar é excelente e não está mais limitado apenas aos musicais; no entanto, as redes sociais, os smartphones, essa realidade ter uma câmera em seu bolso e ser fotografada ou filmada diariamente mudaram o relacionamento de todos – inclusive na linguagem e estética. Mas sem dúvida a teatro é berço deste tudo; acredito nisso por conta da qualidade dramaturgia.
Por muitos anos, televisão produziu histórias excelentes e caracteres memoráveis pois dramaturgos teatraais eram sua principal fonte criativa original. Nós vindimos do palco para “inventar” a TV. Depois disso, a tv entrou em uma etapa de baixa produção creativa, monótona e óbvia com um melodrama pobre – essa época também formou muitos artistas sem valor real. Acredito que quem está lendo não lembra da maioria deles. Hoje temos grandes história na televisão (aberta e streaming), enquanto o cinema nacional, sempre bonitinho, se tornando mais relevante no espaço cultural brasileiro. Porto entao como ator eu consigo me mover entre essas diferentes plataformas pois sou da trama, do personagem principalmente e sobretudo das circunstâncias dramáticas que envolvem cada cena – isso é o verdadeiramente importante para mim.
Se pudesse montar qualquer peça sem restrições de elenco ou orçamento e localização específica, meu projeto seria o próximo em andamento – ainda não possuo data definida pois estou na fase da busca por patrocínio (até já! Patrociadores e empresários). É um texto com 14 pessoas no elenco, mas atualmente não posso revelar o nome. Contudo, poderia avançar que seria uma espetacular produção. Porém se for para falarmos em sonho, eu adoraria encontrar e montar um texto de algum autor libanês no Brasil. O Líbano é produtivo de coisas incríveis. Você já viu o filme Cafarnaúm? É uma produção líbia, considerado um dos melhores que já assisti.
Fonte: Metrópoles