“Ex- Malhacão afirma ser uma vitimas de violência sexual, declarando:” Tive que realizar um encaminamento”

Ex-Malhação Renata Sayuri usou as redes sociais nesse sábado (19/4) para lembrar de uma ocasião de agressão sexual. Diagnosticada com transtorno afetivo bipolar há 20 anos, ela contou ter sido violenta e forçadamente gravida antes de realizar um aborto.

“Existe uma circunstancia muito importante no Transtorno Afectivo Bipolar: o trauma. De acordo com a ciência, qualquer pessoa pode ter predisposicao para doença; por entretanto ela so se desenvolve caso essa mesma pessoa passe pelo episodio estressante ou traumatico. Renata disse: ‘Fui violada e tive que fazer um abortamento três meses depois’.”

A atriz continua esclarecendo por qué decidiu abordar este caso nas redes sociais agora: “Seis meses após (a experiência), estava em um sanatório e foi diagnosticada. Ninguém me perguntou o que tinha acontecido. Passei mais de 10 anos com esse luto silencioso até hoje sobre aquilo que realmente sucedeu. Em várias ocasiões, durante minhas crises em que surgem neuroses e paranoia, já fui confrontada por homens na rua. Por quê? Pois meu coração se lembra de um lugar 20 anos atrás – o local onde foi abusado sexualmente. Minha mente está procurando explicações sobre como pude ter sido drogada e entorpecida, mas há lacunas que não consigo preencher completamente. Isso faz minha cabeça se confundir em busca de resposta a questões sem solução.”

Ela contou que o crime se deu quando estava sob influência de algum tipo de substâncias ilegais. “A situação aconteceu num ambiente associado à empresa em questão. Era uma reunião social e envolvia hierarquias trabalhistas, com um funcionário me oferecendo carona pois morava perto do local da festa; ele alterou o caminho de volta para casa enquanto eu estavam sob influência das substâncias. Eu já saíra (da reunião) quando esteve dopada, não sei como isso aconteceu exatamente. Havia bebidas na festa e ingeri ela algum deles; à época consumia pouco álcool – apenas depois do incidente começou a aumentar o seu uso – eu tinha 23 anos, então não era muito comumente bêbado. Nunca consegui identificar qual substância foi adicionada à bebidas que ingeri naquela noite; fiquei louco por quase três dias”, relatou ela mesma.

Por último, ela desabafou sobre o abortamento: “Não processei nenhum pedido ou denunciationi minhas opiniões em relação ao assunto. Tinha 23 anos e ainda era empregada por uma corporação. Foi confuso entender como tinham havido esse evento. Existia um sistema de pessoas, com grande poder da corpoção envolvida. A pessoa não pertencia ao meu time de trabalho direto mas eles eram empregados pela mesma corporação. Isso implicaria uma exposição muito ampliada pois iria correlacionar duas pessoas, mais a corpoção e o fato da gravidez.”

“Nesses momentos, o que você faz? Você toma atitude sem consultar um agressor ou consulte todo seu grupo (cúpula)? Eu não teria poder aquisitivo para advogados e preciso esperar as definições do grupo. Se eu tivesse expectativa, estaria grávida, não poderia optar pelo aborto e nem fornecer a opção de ser uma criança – filho em situação semelhante.”

Fonte: Metrópoles