Malafaia critica Motta por PL da Anistia: “Frouxo, covarde”
25/04/2025 às 9h36

O pastor Silas Malafaia criticou a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de não incluir em votação o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo Motta, a decisão foi tomada após reunião com os líderes partidários, que decidiram adiar a votação. O objetivo, segundo ele, é evitar uma nova crise entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), já que o tema ainda divide os parlamentares. “Tenho que, enquanto presidente, decidir a pauta. A pauta é um dever do presidente”, afirmou o deputado.
Malafaia criticou veementemente a postura do parlamentar. Em comunicado ao Metrópoles, o pastor acusou Motta de desconsiderar a vontade da maioria dos deputados. “Ele é um fraco, covarde, acomodado com Lula, Alexandre de Moraes e o STF. Não respeita a decisão da maioria. Ele não respeita nada”, afirmou o líder religioso.
O pastor também questionou a relação entre a proposta de anistia e o Supremo Tribunal Federal. “Pergunto a você: o que anistia tem a ver com o STF, com o governo Lula? Isso pertence ao Congresso.”
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Malafaia comparou a proposta atual com a anistia concedida anteriormente a militantes de esquerda. “Eu fico com vergonha de ver a falta de caráter, de humanidade da esquerda, que lutou por anistia de assassinos, guerrilheiros, terroristas, assaltantes de bancos, sequestradores de embaixadores. E hoje, na maior cara de pau, por que isso? Medo de Bolsonaro. O resumo de tudo isso é medo de Bolsonaro.”
Segundo levantamento da Metrôpoles, a decisão de postergar o pleito foi tomada após um jantar entre Motta e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após o encontro, o presidente da Câmara consultou os líderes partidários, que consideraram que a proposta poderia gerar uma nova crise institucional, sobretudo com o Poder Judiciário. A solução debatida entre eles seria reformular o texto para deixar explícito que a possível anistia não contemplaria os responsáveis pelos atos em questão.
A retirada do projeto provocou reações no PL, originadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro. O próprio Sônia Guajará ameaçou um rompimento com Motta e afirmou que o partido poderia obstruir votações nas comissões da Câmara.
Para Malafaia, a motivação por trás da decisão transcende o conteúdo do projeto. “Pessoas inocentes, incluindo Bolsonaro, que não quiseram dar golpe, que não têm prova de golpe, com narrativas mentirosas, sem prova de nada, vão continuar na cadeia. Enquanto essa escória, esse esgoto da política que Hugo Motta representa”, declarou.
O pastor também criticou veementemente o presidente Lula, ao qual classificou como “ex-condenado” e “pau mandado” do STF. “Lula não tem nariz, não manda em nada, porque é um ex-condenado que come na mão do STF. É o resumo da ópera.”
Enquanto isso, partidos governistas e de esquerda mantêm-se contrários à proposta. Para esses grupos, a anistia comprometeria a democracia ao favorecer indivíduos envolvidos em ações que buscaram desestabilizar as instituições.
Fonte: Metrópoles