Identificado Tiquinho, aliado do PCC, envolvido em assédio a ministro do STF
28/04/2025 às 8h36

O membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) que tentou assediar um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é Rodrigo Feliciano (foto abaixo), também conhecido como Tiquinho.
Familiares do faccionado enviaram mensagens e cartas para Kassio Nunes Marques, conforme apuração do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do Ministério Público de São Paulo.
Acompanhe diás entre a namorada e a filha de Tiquinho do PCC.
O que se sabe até agora:
O que o ministro afirmou.
Informações divulgadas pelo gabinete do ministro Kassio Nunes Marques indicam que foram identificadas oito ações em nome de Rodrigo Felício. Destas, seis decisões foram desfavoráveis a Tiquinho, que tiveram confirmação pela Segunda Turma.
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Em ambos os casos, Rodrigo Felício solicitou a redistribuição dos processos ao ministro Edson Fachin, e os autos foram enviados à presidência para análise de eventual prevenção.
O ministro Nunes Marques não tem conhecimento das pessoas mencionadas e jamais as recebeu. Um advogado da parte (Tiquinho) solicitou audiência pelos meios oficiais e teve seu pedido atendido por um juiz instrutor do gabinete de Nunes Marques, conforme o procedimento padrão. A audiência ocorreu por videoconferência, comunicou o STF, em comunicado.
O advogado Aury Lopes Jr. solicitou à equipe do ministro pela audiência do caso envolvendo Rodrigo Felli em ação que segue na Corte, sob a relatoria de Nunes Marques. Essas audiências são comuns para considerar os argumentos da defesa.
Logística milionária
Nos próximos dias, a coluna publicará nova reportagem que destrincha a investigação do Gaeco, com o teor das cartas enviadas e recebidas por Tiquinho, mesmo atrás das grades.
Manuscritos produzidos com caneta esferográfica contêm informações detalhadas sobre a logística do tráfico internacional de drogas, sobretudo em relação à compra e venda de maconha e cocaína.
Tiquinho conversa com aliados, incluindo membros do “setor de inteligência” formado pelo PCC. O grupo opera como uma extensa rede de criminosos.
As grades e muros dos presídios não são suficientes para interromper o fluxo de informações que impulsionam a chamada sintonia restrita – o atual cérebro da facção.
Fonte: Metrópoles