Ministro Lupi do INSS recebeu recomendações de parlamentares
28/04/2025 às 18h49

Carlos Lupi, alvo da oposição e até de colegas do governo, que passaram a defender sua saída do comando do Ministério da Previdência, foi aconselhado por aliados a comparecer à Câmara dos Deputados para explicar o escândalo envolvendo o INSS.
Lupi confirmou sua participação na terça-feira (29/4) na Comissão de Previdência Social da Câmara, formada por quase 80% de parlamentares ligados ao ex-presidente Bolsonaro.
Em conversas com o ministro, aliados sugeriram que Lupi vá à comissão para tentar “controlar a narrativa”. A avaliação é que, se ele faltar, pode ser ainda mais alvo de “ataques”.
O ministro teria sido acionado para depor se não tivesse comparecido à Câmara. Nesse cenário, a convocação seria obrigatória.
LEIA TAMBÉM:
● A estratégia do ministro de Lula para se blindar no escândalo do INSS
● Flávio Bolsonaro manifesta insatisfação com a cor vermelha na camisa da seleção
● Presidente questiona grupo de Lula para o funeral do papa
Defesa do governo
A proposta é que o ministro já explique a Operação Desconto antes de qualquer questionamento. Carlos Lupi irá lembrar aos parlamentares que os desvios iniciaram-se em 2019, antecipadamente ao governo atual de Lula.
O ministro também deve utilizar um argumento que acompanha a posição do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Sidônio Palmeira, de que o governo Lula está atuando para combater fraudes.
A operação
A Polícia Federal executou mais de 200 mandados de busca e apreensão e seis prisões na Operação Sem Desconto, que apura fraudes em empresas por meio de descontos. Foram arrecadados R$ 6,3 bilhões provenientes de mensalidades cobradas de aposentados.
A denúncia publicada pelo Metrópoles resultou no afastamento judicial do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros membros da alta cúpula do órgão.
Fonte: Metrópoles