No 1º tri do ano, Previdência cresce R$ 4,7 bi e BPC sobe R$ 3,4 bi

Em 2025, no primeiro trimestre, o incremento nas despesas com benefícios previdenciários e Benefícios de Prestação Continuada (BPC) foi impulsionado principalmente por um aumento de R$ 4,7 bilhões nos benefícios previdenciários e R$ 3,4 bilhões nos BPC da LOAS/RMV.

Em março, os gastos com Previdência aumentaram R$ 1,2 bilhão, e os gastos com o BPC tiveram um aumento de R$ 926,2 milhões. Os dados constam do Relatório do Tesouro Nacional (RTN), publicado nesta terça-feira (29/4).

De acordo com o Tesouro, esses incrementos decorreram do crescimento no número de beneficiários e da política de revisão do salário mínimo.

Diante de um crescimento acentuado no ano anterior, o BPC tem sido prioridade da equipe econômica, que implementou algumas ações de ajuste fino em 2024, incluindo no conjunto de gastos, para mitigar fraudes na concessão do benefício.

Governo implementa medidas restritivas com novas regras; risco de greve permanece.

A expectativa do Tesouro é que as medidas de revisão de gastos consigam promover uma contenção no desenvolvimento das despesas. O governo projeta uma economia de R$ 6,4 bilhões em 2025 com a revisão de cadastros e renda dos beneficiários do BPC.

Entenda o BPC

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, admitiu que o BPC apresenta uma dinâmica preocupante. Ele declarou que as mudanças propostas ao Congresso não foram aprovadas na totalidade, conforme o desejado pelo Executivo.

Essa é uma questão matemática que deve ser enfrentada continuamente. Haverá que haver uma discussão com a sociedade em relação a esse benefício, concluiu.

Ceron também declarou que o BPC necessita de acompanhamento rigoroso e constante. “Acredito que existe um consenso no governo sobre a dinâmica desse benefício. Em breve, ele se tornará maior que o Bolsa Família e isso demanda discussão.”

O secretário afirmou que o Brasil deve encarar com naturalidade a revisão das despesas, tanto do BPC quanto da Previdência. Ele destacou que existe uma “necessidade permanente de ajustes”, similar ao que ocorre globalmente.

Outros fatores

Também influenciaram no padrão das despesas no primeiro trimestre do ano.

Aumento nas receitas no período entre janeiro e março deste ano está associado aos seguintes fatores:

Fonte: Metrópoles