Lucro da Volkswagen despenca mais de 40% com o chamado “efeito tarifaço”

A Volkswagen, principal fabricante automotiva da Alemanha, registrou queda de mais de 40% no lucro líquido no primeiro trimestre do ano, conforme dados apresentados nesta quarta-feira (30/4) pela própria empresa.

O que ocorreu.

Efeito tarifário

A empresa alemã aponta o aumento dos custos e o excesso de capacidade nas fábricas europeias, juntamente com a demanda mais fraca na China, como os principais motivos para esses resultados.

As tarifas comerciais implementadas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também afetam o desempenho da empresa, juntamente com a redução das vendas de veículos elétricos na Europa e nos Estados Unidos.

A receita da Volkswagen aumentou 2,8% no primeiro trimestre, também em relação ao ano anterior, atingindo 77,5 bilhões de euros (aproximadamente 498,6 bilhões de reais).

Trump reduz tarifas

Na terça-feira (29/4), confirmando previsões do mercado, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a redução de tarifas sobre o setor automotivo.

A bordo da Air Force One, o avião oficial da Presidência dos EUA, Trump assinou um decreto que estabelece, em relação aos automóveis importados, a suspensão de tarifas diferenciadas sobre alumínio e aço. O governo norte-americano busca evitar que diversas tarifas se somem no setor.

“Agora determinei que, na medida em que essas tarifas se aplicam ao mesmo artigo, elas não devem ter um efeito cumulativo (ou “se acumular” uma sobre a outra) porque a taxa de imposto resultante de tal acúmulo excede o que é necessário para alcançar o objetivo político pretendido”, anotou Trump na ordem executiva divulgada pela Casa Branca.

O governo dos EUA adiou a implementação de taxas de 25% sobre peças automotivas, inicialmente previstas para 3 de maio. Fabricantes de veículos nos EUA receberão um desconto de até 3,75% no valor de veículos produzidos no país, conforme dados do Departamento de Comércio.

A redução do desconto seria de até 2,5% do valor do automóvel em um ano e seria eliminada no ano seguinte, com o objetivo de preservar a produção nacional. A medida se aplicaria aos veículos fabricados a partir de 3 de abril.

Na semana passada, vários grupos do setor solicitaram a Trump a redução das tarifas de 25% sobre peças automotivas importadas, justificando que isso resultaria em queda nas vendas de veículos e aumento dos preços.

Fonte: Metrópoles