Lula permaneceu no Palácio da Alvorada em 1º de maio
Lula decidiu evitar mais constrangimentos e não compareceu à manifestação do Dia do Trabalhador em São Paulo. O Brasil possui uma esquerda desarticulada.

Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não comparecer ao evento de comemoração do Dia do Trabalhador em São Paulo, evitando uma situação constrangedora. Em 2023, a manifestação reuniu cerca de 1.600 pessoas no estacionamento do Estádio do Corinthians.
A esquerda brasileira não consegue mobilizar multidões, seja para protestos de qualquer natureza. É um fenômeno peculiar, uma esquerda sem apoio popular. A direita, por sua vez, ainda consegue gerar imagens que sugerem maior participação.
O Partido dos Trabalhadores, com as demais organizações que o seguem, apresenta desinteresses comuns: o partido perdeu sua essência, adota práticas populistas, integra o Centrão corrupto e seu líder, Lula, envelheceu sem deixar um sucessor político.
Seria mais instigante considerar que, para além das observações superficiais, pode não haver mais nação, pelo menos não no mesmo conceito de massa de apoio de um partido. O povo talvez se tenha fragmentado em milhões de vozes individuais, que expressam-se catárticamente nas redes sociais, até que, quem sabe, alcancem uma voz coletiva para figurar nos assuntos em alta e exercer influência política, canalizada por oportunistas ou por lideranças transitórias, porém genuínas.
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Evito generalizações sobre o indivíduo, no singular, e uso o termo “consumidores”, no plural, para evitar que pessoas de esquerda se defendam excessivamente por causa de suas expectativas frustradas.
É fato que vencer uma eleição não implica necessariamente apoio popular ou renovação do partido, e o terceiro mandato de Lula visa comprovar essa afirmação. O PT passou a depender exclusivamente do oposição para obter sucesso nas eleições, e não com ampla margem de vantagem.
Em termos claros, poucas pessoas ainda se disparam como o “mal menor”, e a oferta desse tipo de engano se tornou menos comum. Contudo, essa opção não leva ninguém às ruas.
Tudo se torna mais complexo com o dia 1º de maio, a data mais relevante para a esquerda. É simbólica demais para ser transformada em 1º de abril ou para ser simplesmente ignorada. Sem poder enganar diretamente, restou-lhe enganar na televisão, como fez ontem o presidente da República. Aliás, você viu como ele está magro?
Fonte: Metrópoles