O Vaticano nega que o arcebispo Pietro Parolin esteja doente
O cardeal italiano Pietro Parolin, ex-secretário de Estado do papa Francisco, figura entre os principais candidatos à sucessão papal.

O Vaticano, através do diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruno, confirmou, nesta sexta-feira (2/5), que é falsa a informação de que o cardeal italiano Pietro Parolin, ex-secretário do Estado do papa Francisco e um dos favoritos para ser o novo líder máximo da Igreja Católica, esteja com problemas de saúde.
Em entrevista a jornalistas, Matteo Bruno negou que o cardeal Pietro Parolin tenha sofrido uma avaliação médica. “Não, absolutamente não”, declarou o diretor da sala de imprensa da Santa Sé sobre o ex-secretário de Estado do papa Francisco ter recebido visitas de médicos durante os últimos dias.
O cúpia para escolher o próximo papa começará na próxima quarta-feira (7/5). O Vaticano confirmou que espera receber quatro cardeais eleitores em Roma até a data de início do processo que determinará o líder da Igreja Católica.
Matteo Bruno confirmou que os cardeais Antonio Cañizares Llovera e John Njue estarão de fora do conclave devido a questões de saúde. Na sexta-feira (2/5), bombeiros do Vaticano instalaram a emblemática chaminé, que anuncia a eleição do novo papa.
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Durante a eleição para a escolha do novo líder católico, a fumaça de cor preta indica que ainda não há um papa. Com a definição da escolha, sai da chaminé uma fumaça branca.
Veja imagens.
Os bombeiros do Vaticano instalaram a icônica chaminé no topo da Capela Sistina, um passo importante antes do conclave de 7 de maio para eleger o sucessor de Papa Francisco. Fumaça preta = ainda não há papa; fumaça branca = um novo papa foi escolhido. Todos os olhares estão voltados para o Vaticano! #Conclave2025
EWTN News (@EWTNews) 2 de maio de 2025
Centos e trinta e três cardeais participarão da eleição do 267º pontífice da Igreja, número reduzido dos cento e trinta e cinco previstos inicialmente, uma vez que três não estarão presentes.
Geopolítica no conclave
A divisão geográfica dos eleitores indica a força de cada região no processo de escolha do novo papa. A Europa detém a maior representação, com 53 cardeais, seguida pelas Américas (16 da América do Norte, 4 da América Central e 17 da América do Sul), Ásia (23), África (18) e Oceania (4).
A influência europeia no Colégio Cardinalício é, progressivamente, contrabalançada pelo crescimento da presença latino-americana, africana e asiática.
Entre os eleitores, 108 foram indicados pelo Papa Francisco, o que aumentou consideravelmente a representatividade de países fora do eixo tradicional Europa-América do Norte. Outros 22 foram nomeados por Bento XVI e cinco cardeais, que já haviam recebido o título durante o pontificado de João Paulo II, foram mantidos no cargo.
A diversidade entre os eleitores se manifesta também em características como idade, origem e filiação religiosa. O cardeal mais jovem é Mikola Bychok, com 45 anos, ucraniano residente na Austrália, e o mais velho é o espanhol Carlos Osoro Sierra, com 79 anos. O grupo mais numeroso é composto por aqueles nascidos em 1947, com 13 representantes.
Do ponto de vista espiritual e pastoral, 33 cardeais são membros de ordens ou congregações religiosas. Os salesianos representam o maior número, com cinco integrantes. Há também representantes dos franciscanos, jesuítas, dominicanos, verbitas, redentoristas, agostinianos, carmelitas descalços, cistercienses, lazaristas, espiritinos, scalabrinianos e missionários.
O consílio.
O conclave é a reunião restrita de cardeais com até 80 anos que tem a missão de escolher o novo papa, em caso de falecimento ou renúncia do pontífice. A reunião ocorre na Capela Sistina, em Roma, e segue normas rígidas de sigilo e isolamento.
Os cardeais se reunirão no Vaticano em 7 de maio, data que marca o encerramento das Novendiales, período de nove dias de luto em memória do papa Francisco.
A programação do dia inicia às 10h, com a Missa Pro Eligendo Papa, celebrada na Basílica de São Pedro e presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.
Fonte: Metrópoles