Gabinete israelense anuncia expansão do ataque terrestre em Gaza

As autoridades indicaram que podem assumir o controle total da área.

05/05/2025 9h38

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(Imagem de reprodução da internet).

O governo de segurança do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou o aumento da ofensiva contra o grupo militante Hamas em Gaza, com o objetivo de controlar todo o território da Faixa de Gaza, conforme declarado por uma fonte israelense na segunda-feira (5).

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Segundo uma reportagem da emissora pública israelense Kan, citando fontes com conhecimento dos detalhes, o novo plano seria gradual e demoraria meses, com as tropas focando inicialmente em uma área do território devastada.

Este cronograma pode facilitar um cessar-fogo e negociações para a libertação de reféns antes da visita do presidente dos EUA, Donald Trump, à região na próxima semana, afirmou o ministro do gabinete de segurança, Zeev Elkin.

Ainda existe uma chance de que o republicano conclua a visita ao Oriente Médio, caso o Hamas demonstre que estamos falando com seriedade, afirmou Elkinã Kan nesta segunda-feira (5).

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Israel retomou as operações terrestres em março, controlando cerca de um terço de Gaza, após o fim de um cessar-fogo apoiado pelos EUA que interrompeu os combates por dois meses.

O país impôs um bloqueio total para auxiliar humanitariamente no território.

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Elkin declarou que, ao contrário das forças militares, que anteriormente atacavam áreas específicas e as abandonavam, as forças israelenses agora manterão os territórios que ocuparem até que o Hamas seja derrotado ou concorde em se desarmar e deixar Gaza.

O Hamas rejeitou tais solicitações.

Israel ainda não apresentou uma perspectiva clara para Gaza após a guerra, devido à pressão internacional para finalizar uma campanha que deslocou a maioria da população de 2,3 milhões e a deixou dependente de ajuda humanitária em declínio, resultante do bloqueio.

A autoridade israelense afirmou que o novo plano ofensivo deslocaria a população civil de Gaza para o sul e evitaria que a ajuda humanitária chegasse ao Hamas, ainda que o bloqueio permaneça em vigor.

As Nações Unidas rejeitaram no domingo (4) o que consideraram ser um novo plano para a distribuição de ajuda em áreas associadas a centros israelenses.

Na segunda-feira (5), Jan Egeland, Secretário-Geral do Conselho Norueguês para Refugiados, declarou na rede social X que Israel estava solicitando o encerramento do sistema de distribuição de assistência no terreno pela ONU e organizações não governamentais.

Eles buscam controlar e militarizar toda a assistência aos civis, obrigando-nos a fornecer bens por meio de centros criados pelo exército israelense, após o governo concordar em reabrir as fronteiras. O NRC defenderá seus princípios humanitários e, juntamente com seus parceiros, se recusará a participar desta nova estrutura.

Após dois meses de bloqueio e fome devastadores em Gaza, autoridades israelenses exigem que interrompamos o sistema de distribuição de ajuda universal conduzido pela ONU e organizações como a NRC. Desejam manipular e militarizar toda a ajuda aos civis, obrigando-nos a entregar suprimentos através de…

Jan Egeland (@NRC_Egeland) 5 de maio de 2025

O Chefe do Estado-Maior de Israel, Tenente-General Eyal Zamir, declarou no domingo (5) que o exército já iniciou a emissão de dezenas de milhares de ordens de convocação para suas forças de reserva, visando ampliar a operação em Gaza.

Kan alertou os ministros que a assistência deveria ser encaminhada ao local em breve.

O conflito teve início com o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 pessoas, em sua maioria civis, conforme informações israelenses, e na captura de 251 reféns a Gaza, sendo o dia mais letal para Israel em sua história.

A campanha militar israelense, tanto terrestre quanto aérea, já causou a morte de mais de 52 mil palestinos, na sua maioria civis, de acordo com dados de saúde locais, e resultou na destruição de grande parte de Gaza.

Estima-se que cerca de 24 dos 59 prisioneiros ainda mantidos em Gaza possam estar vivos.

As famílias temem que os confrontos exponham seus familiares a riscos, e os críticos argumentam que Israel corre o risco de se envolver em um conflito de guerrilha prolongado, com resultados incertos e sem uma estratégia bem definida.

Estudos recentes indicam uma redução do apoio popular à guerra entre israelenses, com muitos preferindo a implementação de um acordo de cessar-fogo e a libertação de mais reféns.

O Hamas afirma liberar os reféns somente como parte de um acordo que ponga fim à guerra e determine a retirada das forças israelenses de Gaza.

Fonte: CNN Brasil

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