Hugo determina suspensão do mandato de Gilvan no Federal após ofensas a Gleisi
Conselho de Ética determinou a suspensão temporária de parlamentar por período de três meses.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou a suspensão provisória do mandato de Gilvan da Federal (PL-ES). A decisão foi divulgada na terça-feira (6).
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O documento informa que o Deputado Gilvan da Federal está temporariamente suspenso do exercício de suas funções parlamentares por três meses, conforme determinação do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Na terça-feira, o Conselho de Ética da Câmara aprovou, por 15 votos a 4, o parecer favorável à suspensão do mandato do parlamentar por três meses.
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Gilvan ainda pode entrar com uma votação no plenário. Ele declarou, contudo, que não deve contestar a decisão.
O site da Câmara já está atualizado e na página do deputado consta que ele “não está em exercício”.
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O deputado foi alvo de uma representação, apresentada pela Mesa Diretora da Casa, por ter proferido ofensas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A ação o acusa de ter confrontado verbalmente o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) em uma reunião na Comissão de Segurança Pública.
A aprovação do Conselho constitui uma suspensão cautelar do exercício do mandato, sem afetar a tramitação do processo disciplinar principal, conforme declarado pelo deputado Ricardo Maia (MDB-BA).
A comissão ainda deve avaliar se instaurará um processo disciplinar contra Gilvan da Federal, o que pode resultar na sua destituição do mandato. Necessário será nomear um novo relator para a ação.
Representação da Mesa
A Mesa Diretora apresentou a representação contra Gilvan em 30 de abril, após o órgão ser acionado pela Corregedoria Parlamentar, sob o comando do deputado Diego Coronel (PSD-BA).
Conforme a Corregedoria, em reunião da Comissão de Segurança Pública em 29 de abril, o deputado utilizou palavras ofensivas e difamatórias em referência à ministra das Relações Institucionais e deputada federal.
Na sessão, o deputado associou a ministra ao apelido “amante”, que teria sido atribuído a ela em uma lista de supostos repasses ilegais da empresa Odebrecht a políticos. Gilvan também disse que a pessoa apelidada de “amante” devia “ser uma prostituta do caramba”.
Após as declarações, Gilvan promoveu uma conversa com o deputado Lindbergh Farias, marido de Gleisi. Gilvan assegurou não ter se reportado diretamente à ministra.
Sob supervisão de Mayara da Paz
Fonte: CNN Brasil