Novo papa é acusado por mulheres de encobrir abusos no Peru
O Vaticano continua investigando denúncias; diocese onde Robert Francis Prevost trabalhou afirma que ele cumpriu os procedimentos adequados.

Três mulheres peruanas relataram em 2023 que Robert Francis Prevost, de 69 anos, cardeal eleito novo líder da Igreja Católica nesta 5ª feira (8.mai.2025), encobriu abusos cometidos por dois padres contra elas, quando eram crianças.
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Prevost, que adotou o nome papal Leão XIV, era, na época, administrador da diocese de Chiclayo, no Peru. O Vaticano iniciou uma investigação sobre o caso, que ainda não foi finalizada, conforme divulgado pelo site g1.
Nascido em Chicago, Prevost trabalhou no Peru por duas décadas, alcançando a nacionalidade peruana. Uma mulher relatou ter contatado o religioso em 2020 para discutir os abusos. Ele formalizou os relatos ao Vaticano apenas dois anos depois.
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Um dos padres peruanos acusados pelas mulheres foi afastado. O outro já não atuava mais na Igreja devido a problemas de saúde. A diocese peruana sempre negou que tenha ocorrido encobrimento, reiterando que Prevost seguiu o protocolo do Vaticano.
O escândalo de abusos representa um problema para a cúpula católica. Durante o conclave que escolheu o substituto do papa Francisco, Anne Barrett Doyle, diretora da organização Bishop Accountability, de defesa de vítimas de abuso, concedeu entrevista a jornalistas no Vaticano. Ela declarou que os cardeais então favoritos – o italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle – seriam escolhas inadequadas devido ao envolvimento em casos de agressão sexual na Igreja.
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Fonte: Poder 360