França e Polônia assinam acordos para cooperação em área de defesa
Nações intensificarão investimentos em energia nuclear e apoio militar; procuram consolidar a segurança para reduzir a dependência dos Estados Unidos.

O presidente francês, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), e o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk (Plataforma Cívica, centro), assinaram na sexta-feira, 9 de maio de 2025, acordos de cooperação no setor de defesa.
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Outros pontos, como energia nuclear e assistência militar imediata, também estão incluídos no novo pacote firmado entre os países. A França, que possui cerca de 70% da matriz energética em usinas nucleares, deseja que outros países possam investir no setor.
Tusk afirmou que França e Polônia poderiam contar uma com a outra em todas as situações, especialmente nos tempos difíceis.
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O acordo, particularmente com a Polônia, demonstra a atenção da França ao país da Europa Central.
Os governos atuais incluem a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A França investe aproximadamente 2% do PIB (Produto Interno Bruto) na defesa, em linha com a meta da organização. A Polônia é, no momento, o membro da aliança militar que mais investe no setor, com 4,1%, devido à sua proximidade com a Rússia.
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O acordo celebrado nesta sexta-feira (9.mai) formaliza a troca de recursos militares entre os países, favorecendo a França com os investimentos poloneses e permitindo que o governo de Tusk receba parte do programa nuclear francês.
Um dos propósitos do acordo militar é garantir um poderio militar consistente para evitar que a Europa dependa dos Estados Unidos. Durante a presidência de Donald Trump (Partido Republicano), o governo americano reduziu o apoio militar à Ucrânia e diminuiu os vínculos com a União Europeia.
Os Estados Unidos se aproximaram da Rússia para mediar um cessar-fogo com o governo ucraniano. A dúvida sobre o apoio americano impulsionou países europeus a aumentarem seus investimentos na defesa nacional.
França e Polônia se deslocarão para a Ucrânia na sexta-feira (10.mai) para uma reunião da “coalizão dos dispostos”, grupo de países europeus que buscam ampliar o apoio ao governo ucraniano.
Macron afirmou que almeja um cessar-fogo de 30 dias no conflito, com o apoio dos Estados Unidos, que preveem “sanções massivas” para quem violar os termos do acordo.
Fonte: Poder 360