Quais informações estão disponíveis sobre o caso de uma brasileira que sofreu difamação internacional por um empresário italiano
Nunzio Bevilacqua acusa Bárbara Zandômenico Perito de ter engravidado para obter pensão alimentícia; um exame de DNA comprovou a paternidade do estrangeiro.

Uma brasileira é acusada de integrar uma seita de mulheres que engravidam para obter pensão alimentícia, após alegações de um ex-namorado italiano. O caso foi relatado em uma reportagem exibida no Fantástico no domingo, dia 11.
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Nunzio Bevilacqua, empresário italiano com negócios no Brasil, afirmou à imprensa italiana que a gravidez de sua ex-namorada decorreu de orgias e rituais satânicos. A tese foi divulgada pela RAI, principal emissora de TV da Itália, em uma reportagem que combina cenas turísticas do Brasil com imagens questionáveis de cultos religiosos. Bárbara Zandómenico Perito nega as acusações.
O casal se conheceu em 2021, após Nunzio cursar português para estrangeiros com a professora Bárbara, descendente de italianos. O relacionamento se estabeleceu cinco meses após o início das aulas. A brasileira realizou uma viagem com o italiano pelo Brasil, confirmando a gravidez, o que, inicialmente, alegrou Nunzio. Ela relata que o caso evoluiu durante a gestação, quando o italiano propôs que ele não participasse da criação da criança nem a registrasse, o que foi contestado pela brasileira, que exigiu acordos, incluindo o pagamento de pensão alimentícia.
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A criança nasceu em julho de 2022 e o italiano solicitou um teste de DNA, conduzido em São Paulo, que comprovou a paternidade. Nunzio pediu um segundo teste, mas teve o pedido negado pelo judiciário.
A vítima alega que o caso envolveu integrantes do Ministério Público de Santa Catarina, grupos religiosos, médicos e políticos, que sustentavam a tese de que mulheres de uma suposta seita religiosa engravidassem de um santo por meio de fertilização, e venderiam os filhos posteriormente.
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Bárbara instaurou um processo criminal para apurar possíveis crimes de calúnia, difamação e perseguição, denominado stalking. Inicialmente, a Justiça Federal determinou medidas protetivas: Nunzio está proibido de se aproximar de Bárbara e de seus familiares, cumprindo uma distância mínima de três quilômetros. Além disso, o empresário está proibido de contatar Bárbara e os familiares por qualquer meio de comunicação. O italiano não possui advogado constituído no processo criminal brasileiro.
A professora brasileira reside com a filha de 3 anos em Tubarão, Santa Catarina, e nunca obteve apoio financeiro de Nunzio, que não aceita a responsabilidade parental.
Fonte: Carta Capital