Eduardo Leite argumenta que existe um terceiro polo e que o PSD possui maior espaço do que o PSDB
Governador do RS discorre sobre a reconstrução do estado, critica a polarização e solicita pauta de reformas em evento de Nova York.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), declarou, em evento da Apex Partners realizado em Nova York (EUA), que a conjuntura política brasileira “estreitou o caminho” para o PSDB, seu antigo partido.
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Justificou sua afiliação ao PSD que a nova legenda proporciona um ambiente mais apropriado para debater projetos nacionais e alternativas que evitam a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
O PSDB cumpriu sua função. Foram 24 anos de filiação, porém o cenário transformou-se. O PSD me oferece espaço para discutir propostas e contribuir para a construção de um projeto de nação. Mais do que concorrer, almejo promover mudanças significativas.
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com firmeza, sem agressividade
Leite defendeu a criação de um novo polo político e recusou a ideia de um centro “sem cor nem cheiro”, estigma que afetou o PSDB. Afirmou que suas propostas políticas possuem posições sólidas, mas rejeita a lógica de ataques pessoais, que ele considera marca da política atual, marcada pela polarização.
Não se trata de ser neutro ou sem sabor. É um centro que enfrenta o crime com firmeza e aposta em políticas sociais. Não se trata de ser conciliador a qualquer custo.
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Ele também criticou o “vácuo de liderança” do poder Executivo nos últimos anos, o que, em sua avaliação, teria levado à captura do orçamento pelo Congresso e ao maior ativismo judicial. Para Leite, é necessário “recompor o equilíbrio institucional”.
Reconstrução do Rio Grande do Sul e atração de investimentos
Leite comentou sobre os esforços de reconstrução do Rio Grande do Sul após as inundações de 2024. Ele afirmou que o estado já apresenta sinais de retomada da economia.
Em 2025, criamos mais empregos do que em todo o ano anterior. Fomos o terceiro estado que mais gerou empregos no Brasil.
O governador mencionou o plano “Rio Grande”, que organiza ações de resiliência climática e o enfrentamento de eventos extremos. Ele também ressaltou o acordo com a União, que inclui R$ 14 bilhões em recursos e R$ 6,5 bilhões para infraestrutura preventiva.
A destruição teve grande visibilidade. Agora se busca demonstrar que o Estado se recupera com clareza, coerência e direção.
Projeção nacional e articulação com outros nomes.
Leite declarou que tem mantido diácom outros governadores, incluindo Tarcísio de Freitas (SP) e Ratinho Júnior (PR), para discutir uma agenda compartilhada em apoio à candidatura de Lula. Afirmou que a definição das candidaturas surgirá após a construção de um projeto de país.
É necessário definir prioridades antes de escolher nomes. Não se trata apenas do que deve ser feito, mas também de como será realizado. A política deve unir o país, não fragmentá-lo.
O governador também argumentou que é viável polarizar opiniões sem desrespeitar o oponente.
A solidez não é sinônimo de rudeza. Podemos discordar das questões, não das pessoas. O Brasil necessita de compostura na política, concluiu.
Fonte: Poder 360