Trump recebe bilionários na Arábia Saudita para impulsionar investimentos

Musk, Zuckerberg e executivos da Boeing e da BlackRock acompanham republicano em viagem que pode render US$ 1 tri aos EUA.

13/05/2025 6h39

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), embarcou nesta semana na primeira missão internacional após seu retorno à Casa Branca. A viagem inclui paradas na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar. A pauta compreende investimentos dos países do Golfo Pérsico em empresas norte-americanas e negociações para um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas.

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Além da comitiva política, Trump conta com empresários norte-americanos. Além de Elon Musk, diretor do Doge (Departamento de Eficiência Governamental) e proprietário da Tesla, devem acompanhar o presidente Sam Altman (CEO da OpenAI), Mark Zuckerberg (CEO da Meta), Larry Fink (CEO da BlackRock), Kelly Ortberg (CEO da Boeing), entre outros.

O elemento comum entre essas empresas é o desenvolvimento de negócios em expansão no Oriente Médio, notadamente na Arábia Saudita. Trump e os executivos participarão na terça-feira (13.mai.2025) do Saudi-US Investment Forum, denominado “Maga (Make America Great Again) do deserto”. O evento representa uma chance para as empresas progredirem em acordos na região com o apoio do republicano.

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A Tesla busca expandir sua atuação no Golfo Pérsico. A fabricante de veículos elétricos iniciou as vendas no Reino Saudita em abril deste ano. A empresa já possuía operações em países vizinhos, mas ainda está em fase inicial de desenvolvimento na maior economia da região.

Musk também busca utilizar a entrada no mercado saudita para impulsionar as vendas do Cybertruck, modelo que registrou apenas 6.406 unidades no primeiro trimestre. O país, cuja economia é movida pelo petróleo, é um dos menores mercados para carros elétricos. Em 2024, apenas 1% dos veículos negociados não eram movidos a combustão. A oferta de postos de reabastecimento ainda é mínima.

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A gestora de investimentos BlackRock, que recebeu autorização para operar no país árabe em novembro de 2024, busca oportunidades de crescimento. A líder global do setor firmou parceria com a monarquia saudita, com o objetivo de receber US$ 5 bilhões do fundo de investimentos da coroa.

A Boeing busca maior urgência com acordos no Oriente Médio após a suspensão das entregas à China devido à guerra tarifária de Trump. Permanece incerto se o negócio com Pequim será retomado após o acordo de suspensão das taxas anunciado para segunda-feira (12.mai).

A Riyadh Air, futura companhia aérea saudita com previsão de início das operações em 2025, pretende adquirir os aviões que originalmente seriam destinados à China. Seriam adicionados aos 72 comprados em 2023. A Casa Branca recebeu investimento similar após o fechamento de acordo comercial com o Reino Unido, quando a British Airways adquiriu 71 aeronaves da Boeing.

Diversas empresas com intenção de fortalecer seus laços com a monarquia de Mohammed bin Salman incluem o Citigroup, que obteve licença para uma sede na região em novembro, e a ScaleAI, startup financiada pela Amazon, de Jeff Bezos, que pretende estabelecer uma filial na Arábia Saudita até o final do ano, conforme reportado pela Bloomberg.

Estados Unidos e Oriente Médio

Em janeiro, o governo saudita já havia anunciado investimento de US$ 600 bilhões nos EUA ao longo dos próximos 4 anos. Em seguida, os Emirados Árabes Unidos se comprometeram com US$ 1,4 bilhão por 10 anos. Trump agora espera mais US$ 1 trilhão da monarquia liderada por bin Salman.

De acordo com o Financial Times, o Qatar está na próxima fila de espera e deve anunciar investimentos de “centenas de bilhões de dólares”. Doha já presenteou os EUA com um Boeing 747 que servirá como novo Air Force One – avião presidencial norte-americano.

De acordo com o jornal britânico, o principal objetivo de Trump ao se deslocar para Riad era alcançar um acordo que normalizasse as relações entre Arábia Saudita e Israel. O sucesso nessa empreitada é improvável, devido ao conflito de mais de um ano e meio na Faixa de Gaza.

Em seu primeiro mandato, Trump promoveu a assinatura dos Acordos de Abraham, que estabeleceram relações normalizadas entre Tel Aviv e quatro países árabes (Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Sudão). O governo Biden buscou prosseguir com as negociações com os sauditas, porém enfrentou dificuldades devido à questão palestina.

Se o presidente americano retornar do Golfo Pérsico com este acordo, será uma importante vitória para o governo republicano. E deve abrir espaço para um tratado de cessar-fogo mais robusto em Gaza.

Fonte: Poder 360

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