Temer propõe o fim da polarização e menciona a necessidade de “pacificar” o Brasil

Ex-presidente afirma que a Constituição concentra poder na União, contudo a realidade federativa é influenciada pelos Estados.

13/05/2025 19h41

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NOVA YORK, EUA, 13.05.2025 - POLITICA-EUA - durante o LIDE Brazil Investment Forum 2025 promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais no Harvard Club na cidade de Nova York nos Estados Unidos nesta terça-feira, 12 de maio de 2025. (Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press)

O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta terça-feira (13.mai.2025) que o Brasil necessita romper a polarização política e buscar a “pacificação” como via para o desenvolvimento.

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Ele afirmou, em evento no 14º Lide Investment Forum, em Nova York, que existe uma diferença entre a Constituição formal, que beneficia a União, e a “Constituição real”, onde os Estados ganham maior protagonismo.

Vivemos uma democracia consolidada, porém com radicalização. Todos aqui – governadores, empresários, ministros – falaram da necessidade de pacificar o país, declarou. Para Temer, a divisão política tem impedido o avanço institucional. “É preciso um novo ciclo, em que a pacificação permita que o Brasil seja, de fato, o país do futuro.”

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Temer ressaltou que os estados têm promovido transformações significativas no Brasil contemporâneo. “O dinamismo do país emana, sobretudo, dos estados. Basta considerar o que os governadores relataram acerca de suas iniciativas”, afirmou.

O ex-presidente considerou uma “safra excepcional de governadores” e declarou que, apesar da Constituição concentrar competências na União, o funcionamento do sistema federativo demonstra outra distribuição de poder.

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Durante seu governo (2016–2018), Temer implementou políticas de ajuste fiscal aos governos estaduais. Ele mencionou a suspensão de seis meses na cobrança de dívidas dos estados com a União como um exemplo de reforço do pacto federativo.

Temer delineou um papel geopolítico estratégico para o Brasil, sobretudo na área de segurança alimentar. “Nos próximos 15, 20 anos, o mundo terá 2 bilhões de habitantes a mais. A China e a Índia não têm água suficiente. O Brasil, com sua abundância hídrica e terras agricultáveis, pode ser o grande celeiro do mundo”, afirmou.

O ex-presidente declarou que, para atingir esse potencial, o país necessita de estabilidade política, segurança jurídica e união institucional. “Confiamos no país, na liberdade, na democracia e na pacificação. E, confiamos na inserção permanente do Brasil no cenário internacional”, afirmou.

Localizado em Nova York.

O Grupo Lide (LÍDERES EMPRESARESIAIS) promove, nesta terça-feira (13.mai), o 14º Lide Investment Forum, no Harvard Club, em Nova York (Estados Unidos). Aborda o potencial de investimentos no Brasil.

Participam o presidente do STF, Luís Roberto Barroso; da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB); o procurador-geral da República, Paulo Gonet; o presidente do TCU, Vital do Rego Filho; além de sete governadores e diversos senadores e deputados federais.

Este é o 14º evento do Lide em Nova York. O Lide foi fundado em 2003 pelo ex-governador de São Paulo, João Doria.

Atualmente, é conduzido por seu filho João Doria Neto. O presidente é Luiz Fernando Furlan. Ele exerceu o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nos primeiros e segundos mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva.

Segue o programa do evento no horário de Brasília:

Sessão de abertura, às 9h.

O Brasil e o papel da institucionalidade com os Estados Unidos, às 10h:

Como obter melhor acesso aos fundos multilaterais, às 11h30.

As relações econômicas entre o Brasil e os Estados Unidos, às 11h20.

Encerramento, às 12h50.

O jornalista viajou para Nova York por convite do grupo Lide.

Fonte: Poder 360

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