Macron afirma que não deseja provocar uma Terceira Guerra Mundial em relação ao envio de tropas à Ucrânia

O presidente francês declarou que a assistência europeia à Ucrânia foi restrita a evitar o agravamento do conflito com a Rússia.

14/05/2025 6h17

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou nesta terça-feira, 13, que sanções massivas serão aplicadas contra a Rússia com o objetivo de alcançar um cessar-fogo nos próximos dias. O chefe de Estado também declarou que a França está “pronta para abrir” uma discussão sobre a implementação de aeronaves francesas armadas com “bombas” nucleares em outros países europeus.

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Garantimos aplicar sanções, se a Rússia confirmar o não respeito de um cessar-fogo na Ucrânia, afirmou Macron, referindo-se principalmente a sanções secundárias sobre serviços financeiros ou combustíveis.

O líder do Estado, contudo, considerou que não existe uma “estrutura legal” para empregar os ativos russos congelados e que esta “não é uma solução adequada”.

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Reunimos a coalizão de países voluntários europeus. Os Estados Unidos já nos seguiram. “A Rússia recusa um cessar-fogo incondicional”. “Neste momento a presidente da União Europeia está discutindo com o presidente dos Estados Unidos e o Senado (americano) e nos coordenamos sobre as sanções”, afirmou.

Desejamos agir de forma a confrontar a Rússia, ao mesmo tempo em que mantemos os Estados Unidos como nossos aliados.

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Terceira Guerra

Macron voltou a se opor ao envio de tropas francesas para a Ucrânia.

O presidente francês reiterou que “desde o primeiro dia sabemos que a Rússia não vai parar na Ucrânia. Desde o primeiro dia decidimos as sanções e guardamos a nossa unidade e ajudamos a Ucrânia, com financiamentos consideráveis e decidimos não usar nossas tropas”.

Decidimos apoiar a Ucrânia, mas sem escalar a situação. É por isso que os países aliados da Ucrânia decidiram não enviar tropas para o terreno, continuou o presidente. “Não queremos desencadear uma Terceira Guerra Mundial”, insistiu.

Eu tenho um profundo respeito e admiração pelos soldados e pelo povo ucraniano e seus líderes, mas não podemos oferecer mais do que o tempo disponível. Fornecemos tudo o que podíamos, declarou.

Território ucraniano

Mesmo os ucranianos têm a “lucidez” de admitir que não serão capazes de retomar todos os seus territórios após o conflito com a Rússia, declarou o presidente francês. “A guerra deve acabar e a Ucrânia deve estar na melhor posição possível para entrar em negociações”, o que “permitirá que questões territoriais sejam abordadas”. E até os próprios ucranianos têm a clareza de dizer (…).

Ademais, declarou que a França está “disposta a iniciar” um debate sobre a implementação de aeronaves francesas munidas de “explosivos” nucleares em outros países europeus, como os Estados Unidos fazem ao compartilhar sua proteção nuclear.

O chefe de Estado afirmou que definirá a estrutura de forma oficial nas próximas semanas e meses. Ele especificou três condições para a reflexão sobre a dissuasão nuclear francesa: “A França não pagará pela segurança dos outros”, “isso não acontecerá à custas do que precisamos para nós mesmos” e “a decisão final sempre caberá ao presidente, chefe das Forças Armadas”.

Fonte: Carta Capital

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