Os principais desafios de Ancelotti na retomada da Seleção Brasileira

O técnico italiano deverá prestar atenção redobrada à defesa do Brasil.

14/05/2025 11h53

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O novo técnico da Seleção Brasileira, o italiano Carlo Ancelotti, enfrenta desafios significativos para reverter a crise da equipe, com pouco tempo e grande parte do trabalho a ser recuperado antes da Copa do Mundo na América do Norte.

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O técnico experiente, que em 65 anos apenas treinou clubes, assume a responsabilidade por uma seleção com histórico de resultados insatisfatórios e um desempenho pouco atraente.

Seu histórico mais recente comprova sua capacidade: deixará o Real Madrid neste mês como o técnico mais vitorioso da história do time merengue, com 15 títulos, incluindo três da Liga dos Campeões (2014, 2022 e 2024).

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Alcançar a quarta posição como treinador do Brasil em apenas três anos representa um desafio significativo, admitiu o italiano, que fará sua estreia com a seleção brasileira no dia 5 de junho, em território equatoriano.

Carletto precisa reacender o apoio da torcida de uma nação apaixonada por futebol, que antes abandonou a Seleção, que se tornou irreconhecível após um passado de glórias, com cinco títulos da Copa do Mundo e que encantou o mundo.

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Só no fato de ter anunciado ele como treinador da Seleção Brasileira, o povo voltou a acreditar novamente. A responsabilidade dele é enorme. Ele está vindo com a responsabilidade de trazer o hexacampeonato, afirmou a AFP o ex-lateral Cafu, último capitão brasileiro a levantar um troféu da Copa do Mundo, em 2002.

Reunir o poder do grupo.

O principal desafio é que o Brasil volte a ter um grupo coeso, avalia o jornalista Gustavo Hofman, correspondente dos canais ESPN em Madri.

“E conseguir isso com pouco tempo de treinamento”, acrescenta, ao recordar que o italiano não poderá ter contato diário com seus jogadores, como em um clube.

Cafu ressalta que o principal desafio do italiano é o tempo, o que dificulta encontrar um padrão de jogo para a equipe.

Ele, com o histórico de cinco títulos da Liga dos Campeões como treinador, deve otimizar o desempenho de Vinícius Júnior e Raphinha, que se destacam no Real Madrid e no Barcelona, respectivamente, porém, não correspondem ao esperado no Brasil.

Ele é um profissional competente no quesito vestuário, que se comunica de forma eficaz e consegue transmitir suas ideias de maneira clara (…). O principal desafio será que a Seleção Brasileira jogue como um grupo coeso, sem individualismos, buscando um único objetivo.

Corrigir as falhas defensivas

O Brasil ocupa a quarta posição nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2026.

A classificação não apresenta risco imediato (há seis vagas em disputa, além de uma para disputa de vagas), porém existem dados preocupantes: a Seleção recebeu 16 gols em 14 jogos e obteve cinco derrotas, incluindo duas contra a Argentina.

Em comparação, a seleção liderada por Tite concluiu invicta as fases eliminatórias da Copa de 2022, tendo recebido apenas cinco gols.

Hofman também ressalta as “deficiências nas laterais”, em uma Seleção que já contava com os melhores da história nesta posição, como Cafu, Roberto Carlos ou, mais recentemente, Marcelo.

O equilíbrio defensivo poderia surgir do meio-campo, com o retorno de Casemiro, um dos principais jogadores de confiança de Ancelotti durante seu tempo no Real Madrid, embora não esteja sendo chamado para a seleção brasileira desde outubro de 2023.

Após um período de seca em sua transferência para o Manchester United em 2022, Casemiro “retomou o bom desempenho” nas últimas semanas, avaliou Hofman, que acredita em uma formação 4-4-2 na próxima partida do Brasil, similar ao Real Madrid nesta temporada.

Abordar o fator Neymar.

Outro ponto sensível será definir o tratamento de Neymar, de 33 anos, principal goleador da história da Seleção, que tem sofrido de repetidas lesões.

De volta ao Santos, seu clube de formação, o camisa 10 deveria retornar à Seleção em março, mas outro problema na coxa o afastou novamente dos gramados.

Hofman disse que Neymar está em boa forma física e jogando com regularidade, sendo um nome importante, mas que acredita que Ancelotti não esperará por ele constantemente.

Para o colunista do Uol, Paulo Vinicius Coelho, Ancelotti é uma referência que gera tanto respeito que ninguém ousaria solicitar vantagens para Neymar.

Fonte: Carta Capital

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