Alok anuncia uma versão com efeitos pirotécnicos para o seu show no Pacaembu
O DJ fará apresentação de manifesto contra a inteligência artificial no show, agendado para o dia 28 de junho.

O DJ Alok, com 33 anos, se apresentará em um show da turnê “Aurea” na Arena do Mercado Livre Pacaembu, em São Paulo, no dia 28 de junho.
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O objetivo do artista é apresentar ao público uma versão pirotécnica dos shows que realizou no Coachella, devido às restrições do palco Sahara Tent, onde ele se apresentou, que impediram a inclusão de elementos característicos de suas apresentações, como a pirâmide e os drones.
O goiano busca unir suas qualidades com a inovação que apresentou no festival norte-americano, considerado o mais relevante da música mundial. Desta feita, trouxe bailarinos treinados pela Urban Theory que substituíram os telos e desenvolveram um painel interativo humano.
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Devido ao seu caráter inédito, a apresentação ainda está sendo desenvolvida pelo artista, conforme ele revelou em coletiva de imprensa.
“Vai ser um show totalmente distinto, inclusive para nós. Há a influência do Coachella, mas também uma nova vertente com dançarinos, integrados a lasers e drones. A proposta da dinâmica do palco é muito diferente de tudo o que eu já realizei”, declarou.
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Os ingressos para o show de Alok no Pacaembu estão disponíveis no site oficial da Ingresse. As entradas variam de R$ 70 (meia-entrada da arquibancada central) a R$ 900 (inteira do camarote com open bar), com 30% de desconto para clientes do Banco do Brasil.
A arte é essencial para a vida humana.
Após o êxito da colaboração com o Urban Theory, Alok lançou um manifesto que critica o uso excessivo de inteligência artificial (IA) e defende a relevância da ação humana por trás da tecnologia nas artes.
Alok defende no manifesto que a IA deve ser considerada uma ferramenta de apoio aos artistas, e não uma substituição de suas habilidades. Ele também busca destacar as questões regulatórias e a segurança relacionadas a essa tecnologia.
Para criar arte, é necessário ter alma. Não se vê a tecnologia como um obstáculo, mas sim como uma ferramenta útil. É um período de resistência, no qual os artistas devem preservar a cultura. Não há discussões sobre a segurança da inteligência artificial. Ninguém que a inventou sabe as consequências quando ela começa a impactar minha área e minha cultura, tenho que me posicionar, buscando integrar e não perder nossa identidade. Como utilizo a tecnologia a meu favor na minha carreira, possuo legitimidade para falar. Os drones, por exemplo, são programados e a criação é guiada por humanos.
Verifique o manifesto em sua totalidade.
Mantenha a arte humana.
A arte é a manifestação da alma. Em meio ao barulho e ao silêncio das máquinas, ela nos recorda que ainda sentimos, ainda imaginamos, ainda vibramos.
A alma é singular, incontrolável, imprevisível. Não possui forma, não tem código e não depende de atualizações. É o tremor da mão que cria, o coração acelerado que se expressa, as veias que pulsam com a urgência de contar histórias. Nenhuma inteligência artificial é capaz de capturar completamente a emoção que guia o traço de um pincel, o movimento de uma dança, o erro de uma tentativa.
Keep Art é um convite para celebrar a arte de viver, e demonstra que a vida não é um algoritmo, é uma representação de nós mesmos – imperfeitos, contraditórios, humanos.
Alok e Urban Theory lançam um manifesto em meio a luzes e movimentos, fortalecendo as vozes daqueles que ainda acreditam na arte como um ato de existência.
A Keep Art Human não rejeita a tecnologia: valoriza a alma por trás da criação, potencializando nossas ações. Drones, luzes e ferramentas digitais são instrumentos incríveis para encantar as pessoas, desde que guiados pela emoção humana, e não por inteligências artificiais ou quaisquer outras reproduções sintéticas da nossa sensibilidade criativa. Esses recursos se unem não para ofuscar a arte, mas para iluminá-la, fazendo da tecnologia uma aliada, não uma substituta. Este é o nosso manifesto vivo: a revolução não é digital, é humana.
Enquanto existir alma, existirá arte. E onde houver arte, haverá humanidade para contar sua própria história.
Keep Art é uma reflexão sobre uma verdade inegável: se há algo a ser copiado, é porque antes foi vivido.
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Fonte: CNN Brasil