Em 2024, doações de leite humano impactaram positivamente mais de 219 mil recém-nascidos
A substância pode diminuir em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos decorrente de causas evitáveis.

O Ministério da Saúde contabilizou a doação de 245,7 mil litros de leite humano proveniente de 193 mil mulheres lactantes em 2024. Essa doação elevou as chances de recuperação de 219,3 mil bebês prematuros e de baixo peso hospitalizados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal em território nacional.
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O balanço referente ao ano de 2024 foi divulgado em 6 de maio, em Belém (PA), durante o evento pré-COP 30 — promovido pelo Ministério da Saúde, pela Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR), da Fiocruz, e pela Opas/OMS.
No evento, que evidenciou a relevância do leite humano como forma de atingir o ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) 3 – Saúde e Bem-Estar, promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), o ministério lançou a campanha nacional digital “Doação de Leite Humano: um gesto humanitário que alimenta esperança”.
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A meta do órgão é incrementar o volume de doações, conscientizando as mulheres que amamentam a se tornarem doadoras. Isso ocorre porque o leite materno pode salvar vidas. Além de proteger os bebês contra infecções, diarreias e alergias, ele pode diminuir em até 13% a mortalidade em crianças menores de 5 anos por causas preveníveis.
Um exemplo da importância de doações é o caso do Rio Grande do Sul, que em apenas 24 horas arrecadou 768 litros para auxiliar na alimentação de bebês, durante a emergência climática provocada pelas inundações no estado em 2024.
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Banco de leite humano brasileiro é referência mundial.
Os recém-nascidos prematuros têm na oferta de leite humano a chance de se fortalecerem e se recuperarem de forma mais rápida, afirmou a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Sônia Venâncio, que representou o Ministério da Saúde no evento.
Sônia ressaltou a importância das doações para assegurar um futuro sustentável e saudável para os bebês mais vulneráveis. “A prematuridade aumenta as chances de mortalidade, o leite humano protege esses bebês. A doação é um compromisso com a vida e o bem-estar das futuras gerações”, declarou.
A Organização Mundial da Saúde aponta que o Brasil possui a maior e mais complexa Rede de Bancos de Leite Humano do mundo. A Conferência das Partes da Convenção sobre as Mudanças Climáticas da ONU COP30, a ser realizada em Belém (PA) em novembro de 2025, representa uma chance de reforçar o leite humano como uma opção sustentável e de baixo custo, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O ODS Saúde e Bem-estar visa, por exemplo, erradicar as mortes infantis evitáveis até 2030.
Para doar
Qualquer mulher que amamenta pode ser doadora. Para doar, é necessário estar saudável e não utilizar nenhum medicamento que afete a alimentação.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano possui 237 agências espalhadas por todos os Estados do país e no Distrito Federal.
A coleta pode ser realizada em casa por qualquer mulher que esteja amamentando, sem considerar a idade da criança, seguindo os passos abaixo:
Com informações do Ministério da Saúde.
Fonte: Poder 360