Outros 599 estrangeiros saem de Gaza; Brasileiros não estão incluídos
04/11/2023 às 9h12
A autoridade palestina divulgou, neste sábado (4/11), a quarta lista de estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza. Ao todo, 599 pessoas poderão deixar a região que está sob ataques de Israel – o grupo de brasileiros no território ficou fora da relação.
Alessandro Candeas, embaixador do Brasil na Palestina, informou que a nova lista é composta por cidadãos dos Estados Unidos (386), Reino Unido (112), França (51) e Alemanha (50).
Palestinos, alguns com passaportes de outros países, esperam na passagem de Rafah, localizada ao sul da Faixa de Gaza, para cruzar a fronteira com o Egito.
Pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro, a fronteira entre Gaza e Egito foi aberta esta semana. Isso ocorreu para permitir a entrada de alguns indivíduos com passaportes estrangeiros que estão gravemente feridos no Egito.
Palestinos com passaportes estrangeiros estão cruzando a fronteira para o Egito através da Passagem de Rafah, localizada em Gaza.
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Famílias estão deixando Gaza e indo para o Egito para escapar do conflito entre Hamas e Israel.
Os palestinos estão esperando para serem chamados para sair de Gaza e entrar no Egito.
De acordo com o Itamaraty, há 34 brasileiros esperando para serem trazidos de volta ao Brasil. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que o governo prevê que essas pessoas retornem até a próxima quarta-feira (8/11).
Pessoas com dupla nacionalidade estão saindo da Faixa de Gaza de acordo com um novo acordo. Esta é a quarta lista feita desde o começo do conflito entre Israel e Hamas.
Situação dos brasileiros em Gaza
Este sábado (4/11) marca o quarto dia de espera pela autorização para cruzar a fronteira desde que começou a travessia. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou ter conseguido a garantia do chanceler de Israel de que os brasileiros serão liberados até a próxima quarta-feira (8/11), podendo esse prazo ser adiantado em um ou dois dias.
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, afirmou que o país não se opõe à saída de pessoas com dupla cidadania. No entanto, os critérios para determinar quem pode deixar Gaza ainda não foram divulgados.
A falta de inclusão de nacionalidades, entre elas a brasileira, tem rendido a Israel acusações de que o país estaria agindo sob critérios políticos. Ao UOL o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, questionado sobre a saída de brasileiros e outros cidadãos de países em desenvolvimento, afirmou que tem a impressão que “nosso sangue vale menos” que o de pessoas nascidas em países considerados ricos.
Um grupo de 34 brasileiros e seus familiares está abrigado perto da fronteira do Egito, nas cidades de Khan Younes e Rafah. O governo brasileiro pretende resgatar essas pessoas por terra e levá-las ao aeroporto do Cairo, onde serão repatriadas pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Decidir como vamos chamar as coisas
No dia 1º de novembro, havia 500 pessoas da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca listadas juntas.
No dia seguinte, chegaram mais 576 pessoas, incluindo pessoas do México, Hungria, Croácia, Coreia do Sul, Azerbaijão, Grécia, Chade, Bahrein, Itália, Suíça, Sri Lanka, Holanda, Bélgica e Macedônia do Norte.
A terceira, comunicada nessa sexta, tinha 71 pessoas autorizadas a fazer a travessia. São norte-americanos, britânicos, italianos, alemães, mexicanos e indonésios. Vale destacar que a saída tem se limitado a cidadãos com dupla nacionalidade e, entre os palestinos, apenas alguns feridos puderam cruzar a fronteira.
Pessoas em Gaza e de outros países estão tentando sair do território palestino por causa do aumento do conflito entre Israel e o Hamas. Em 7 de outubro, o grupo extremista atacou Israel de forma surpresa, resultando na morte de mais de 1,4 mil pessoas.