A AFA e o River Plate criticam o aumento de impostos sobre clubes determinado por Milei

Decreto aumenta as contribuições previdenciárias de 7,5% para 13%, com um adicional de 5,56%.

31/07/2025 9h58

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(Imagem de reprodução da internet).

A AFA (Associação do Futebol Argentino) e o River Plate criticaram o decreto do presidente Javier Milei que eleva as contribuições previdenciárias dos clubes de futebol. A medida, anunciada na segunda-feira (28.jul.2025), aumenta a alíquota de 7,5% para 13%, com adicional temporário de 5,56%, e foi classificada como “confiscatória” pela federação e pelo time.

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O aumento de impostos ocorre em um momento em que o governo argentino busca adotar um modelo de SADs (Sociedades Anônimas Desportivas) no futebol do país, semelhante às SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) que existem no Brasil. A maioria das instituições esportivas argentinas se opõe a essa proposta.

A Federação das Associações Fraternas, em comunicado oficial datado de 28 de julho de 2025, declarou que o decreto constitui “mais uma forma de prejudicar as instituições”.

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A federação afirma que o único interesse do governo é pressionar os clubes sem fins lucrativos (sofocando-os) para que seja possível incorporar as SADs (sociedades esportivas), o que nada mais é do que permitir a entrada de dinheiro especulativo para fazer negócios com nossos clubes e jogadores formados em nossas categorias de base.

O River Plate também se manifestou contrária à medida. Em comunicado publicado na terça-feira (29.jul.2025), o clube classificou o aumento como “confiscatório” e argumentou que, “longe de construir um benefício, como erroneamente se afirma (…), ameaça reverter o impacto econômico direto e positivo das ações do clube”.

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A instituição ressaltou seu trabalho social e educativo, declarando que produz receitas reais em moeda externa para o país através de suas ações.

Federico Sturzenegger, ministro de Desregulamentação da Argentina, defendeu o decreto em sua conta na rede social X. Segundo ele, os clubes eram “milionários subsidiados pelos aposentados” por pagarem menos impostos do que o previsto no regime geral.

Sturzenegger afirmou que a taxa aumentará de 7,5% para 13%, com um percentual complementar de 5,56% por um ano para “recuperar o déficit ocorrido nesse período”.

As equipes que disputam o futebol argentino em nível profissional são constituídas como associações civis sem fins lucrativos. Os clubes são controlados por sócios que pagam mensalidades e possuem direitos políticos na instituição, ao contrário do modelo de sociedades anônimas que Milei propõe.

A proposta de transformação dos clubes em Sociedades Anônimas Simplificadas tem sido defendida pelo governo Milei desde o início de seu governo, em dezembro de 2023. As organizações esportivas argumentam que a mudança permitiria a entrada de capital especulativo no futebol argentino, alterando a essência tradicional dos clubes como instituições comunitárias e sociais.

Fonte por: Poder 360

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