O recente conflito entre Irã e Israel revelou a força militar israelense, segundo Alberto Pfeifer, coordenador-geral do Grupo de Análise em Estratégia Internacional da USP. Na sua análise, Pfeifer ressalta que Israel apresentou uma vantagem evidente sobre o Irã, diminuindo consideravelmente a capacidade de reação iraniana.
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Contudo, o especialista salienta que isso não implica uma hegemonia duradoura de Israel na região. “Os países árabes do Golfo possuem recursos que, se desejarem, podem ser [empregados], mas não o farão, porque não têm motivação”, explica Pfeifer durante o WW Especial.
O confronto com o Irã trouxe benefícios não apenas a Israel, mas também a países como a Arábia Saudita. A neutralização desse “adversário comum” estabeleceu um cenário favorável para todos os envolvidos. Pfeifer aponta que “Israel hoje tem uma boa possibilidade de encaminhar politicamente a sua agenda”.
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No entanto, o especialista alerta que essa vantagem não é permanente e exige concessões dos países árabes. Essas negociações não se restringem apenas à questão palestina, mas também incluem aspectos econômicos, como acordos comerciais e facilitação de investimentos.
Pfeifer aponta uma convergência de interesses entre Israel e os países árabes do Golfo, notadamente a Arábia Saudita, que almeja “restabelecer condições de prosperidade”. Ele declara que “quem detém a caneta para traçar o novo mapa é essa combinação dos países árabes do Golfo e de Israel”.
Com o apoio dos Estados Unidos, essa aliança possui o potencial de remodelar o cenário geopolítico da região, fomentando estabilidade e crescimento econômico. O especialista acredita que essa nova dinâmica pode influenciar o futuro do Oriente Médio, com consequências relevantes para a política e a economia internacionais.
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O programa, apresentado por William Waack, é exibido aos domingos, às 22h, em todas as plataformas da CNN Brasil.
Fonte por: CNN Brasil