A alta taxa de juros nos EUA intensifica o “cautela” e a “incerteza”, afirma o Banco Central
O Comitê de Política Monetária declarou que a taxa permanecerá em 15% ao ano por um período considerável.

O Copom (Comitê de Política Monetária) declarou nesta quarta-feira (30.jul.2025) que a tarifa adicional dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros sustenta a “cautela em cenário de maior incerteza”. A taxa adicional sobre esses itens entrará em vigor em 6 de agosto.
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O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano. A decisão foi unânime.
A autoridade monetária, em comunicado (íntegra – PDF – 31 kB), afirmou que manterá a taxa-juro-base em seu nível atual por um período prolongado e monitorará se essa medida é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.
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Segue alguns pontos da argumentação do BC para a decisão desta quarta-feira (30.jul):
O banco central interrompeu a série de aumentos na taxa básica de juros, que durou quase um ano, a partir de setembro de 2024. A decisão foi unânime.
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O movimento já havia sido indicado pelos membros do Copom na reunião anterior do conselho, em junho. Operadores financeiros também já contavam com a manutenção da taxa básica de juros.
Acompanhe o rumo da taxa Selic.
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Afeta diretamente as taxas cobradas em empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, influencia o rendimento de aplicações.
O índice manteve-se no nível mais elevado desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% ao ano — a taxa permaneceu nesse patamar de 1º de junho a 19 de julho de 2006. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrava-se na fase final de seu primeiro mandato naquele ano.
A última vez que o Banco Central reduziu as taxas de juros foi em maio de 2024, quando a taxa estava em 10,5% ao ano. Em seguida, foram realizadas duas revisões antes do início de novas elevações.
Fonte por: Poder 360