Ciência e Espaço

A amostra do asteroide está quase pousando na Terra; olhe o que aguardar


A amostra do asteroide está quase pousando na Terra; olhe o que aguardar
(Foto Reprodução da Internet)

No próximo domingo (24), a espaçonave OSIRIS-REx deverá passar pela Terra e é previsto entregar um presente cósmico raro: uma amostra não adulterada colhida do asteroide vizinho Bennu.

Uma cápsula contendo cerca de 250 gramas de rochas e solo de asteroides do espaço será lançada pela espaçonave, se tudo correr conforme o planejado. A direção é para uma zona de pouso no deserto de Utah, nos Estados Unidos.

A NASA fornecerá uma transmissão ao vivo da entrega da amostra a partir das 10h (pelo horário local) e 11h (pelo horário de Brasília) no domingo. Espera-se que a cápsula entre na atmosfera da Terra às 10h42 pelo horário americano, viajando a cerca de 44.498 quilômetros por hora. Ela pousará em Utah cerca de 13 minutos depois.

Depois de lançar a cápsula, a OSIRIS-REx continuará a sua viagem pelo sistema solar para capturar uma visão detalhada de um asteroide alternativo chamado Apophis.

O estudo da amostra pode ajudar os cientistas a compreender detalhes importantes sobre as origens do nosso sistema solar, porque os asteroides são os “restos” daqueles primeiros dias, há 4,5 bilhões de anos. Mas a amostra também pode fornecer informações sobre Bennu, que tem probabilidade de colidir com a Terra no futuro.

Demorou anos para a Nasa retornar à Terra com a primeira amostra de asteroide coletada no espaço. Observe os destaques da missão até agora e o que está previsto para o futuro.

Nave espacial em um tour cósmico

A Osiris-Rex, que significa Origins, Spectral Interpretation, Resource Identification, Security-Regolith Explorer, tem realizado uma grande jornada nos últimos sete anos. Lançada do cabo Canaveral em 2016, a espaçonave da Nasa chegou à órbita de Bennu em dezembro de 2018.

A primeira missão dos EUA enviada a um asteroide próximo à Terra, a OSIRIS-REx, fez história várias vezes. Ela realizou a órbita mais próxima de um corpo planetário por uma espaçonave. Bennu se tornou o menor objeto já orbitado por uma espaçonave.

O asteroide foi pesquisado em sua totalidade pela OSIRIS-REx para determinar onde seria o melhor local para recolher uma amostra. Bennu, que se apresenta como um asteroide empilhado em formato de pião, possui aproximadamente 500 metros de largura e é constituído por rochas reunidas pela gravidade.

Fornecidas pela sonda, as imagens de Bennu deram à equipe da missão informações sem precedentes sobre o asteroide, que trouxeram a revelação de água gelada retida nas rochas de Bennu e carbono em uma conformidade frequentemente ligada à biologia. As partículas liberadas do asteroide no espaço também foram observadas pela equipe.

A nave espacial espiralou cada vez mais perto do asteroide até entrar para um evento histórico de coleta de amostras TAG, ou Touch-and-Go, em 20 de outubro de 2020.

Desafios ao longo do caminho ameaçaram o sucesso da missão, uma vez que a cabeça de recolha de amostras da nave espacial acabou recolhendo tanto material que o contentor não pôde selar adequadamente, fazendo com que material valioso do asteroide vazasse para o espaço.

O histórico evento de coleta contou com a cabeça de amostragem da espaçonave OSIRIS-REx afundando 0,5 metros na superfície do asteroide. Parece que o exterior de Bennu consiste em partículas compactadas desprovidas de uma união segura, considerando o que aconteceu quando a amostra foi recolhida pela espaçonave. Se após a rápida recolha de poeira e rochas a espaçonave não tivesse acionado o seu propulsor para recuar, poderia ter afundado pelo asteroide adentro.

A equipe da missão descobriu então que a superfície do asteroide parece com um poço de bolas de plástico.

A equipe Osiris-Rex conseguiu enfrentar e superar estes desafios, e a sonda está programada para devolver a maior amostra recolhida por uma missão da Nasa desde que os astronautas da Apollo trouxeram rochas lunares há décadas.

A equipe também conseguiu organizar um sobrevoo final de Bennu pela espaçonave em abril de 2021, dando-lhe a oportunidade de ver como a OSIRIS-REx perturbou e alterou a superfície do asteroide durante o evento de coleta.

Mostraram algumas diferenças intrigantes criadas pela coleta de amostras e pelo disparo dos propulsores da espaçonave depois que ela se afastou do asteroide, as fotos de antes e depois, incluindo a movimentação e reorganização de grandes pedras na superfície do asteroide.

À Terra retornando

Bennu se despediu da OSIRIS-REx em maio de 2021 e desde então, está numa viagem de voltar à Terra. Duas vezes o Sol foi orbitado para que pelo nosso planeta pudesse passar no momento certo para a amostra do asteroide ser deixada.

A NASA e a Lockheed Martin Space passaram grande parte deste ano ensaiando cada etapa do processo de recuperação de amostras.

Espera-se que a cápsula de amostra seja liberada da OSIRIS-REx a uma distância de 102 mil quilômetros da Terra na manhã de domingo, caso a rota da espaçonave esteja correta. Considerando a decolagem da Bennu, numerosas manobras foram feitas pela espaçonave e dispararam seus propulsores para se alinhar com o momento exato da Terra para soltar a cápsula. O local onde a cápsula cairá tem uma extensão de 58 quilômetros por 14 quilômetros no campo de testes e treinamento do Departamento de Defesa de Utah.

Os paraquedas serão utilizados para diminuir a velocidade da cápsula até um suave pouso em 17,7 quilômetros por hora, e as equipes de resgate estão preparadas para recolher a cápsula assim que for seguro fazê-lo, afirmou Sandra Freund, gerente do programa OSIRIS-REx da Lockheed Martin Space, que se associou com a Nasa para fabricar a astronave, ofertar operações de voo e auxiliar na recuperação da cápsula.

A amostra será transportada por um helicóptero em uma rede de carga e entregue em uma sala limpa temporária que foi estabelecida no estande em junho. Uma equipe estará preparando o contêiner de amostra para ser transportado em uma aeronave C-17 para o Centro Espacial Johnson da Nasa, que está localizado em Houston, na segunda-feira (25). Informações sobre a amostra serão divulgadas em uma transmissão da Nasa no dia 11 de outubro.

Dentro do Centro Espacial Johnson, em uma sala limpa dedicada, os cientistas irão analisar as rochas e o solo pelos próximos dois anos.

Compreender mais sobre a população de asteroides perto da Terra, como Bennu, que podem estar a caminho de uma possível colisão conosco, é importante. Um melhor entendimento de suas órbitas e composições é essencial para prever os asteroides que podem se aproximar mais da Terra e quando. Também é fundamental na elaboração de métodos para desviar esses asteroides.

A amostra será segmentada e encaminhada para laboratórios globalmente, incluindo parceiros da missão OSIRIS-REx na Agência Espacial Canadense e na Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial. Em torno de 70% da amostra ficará intacta no armazenamento para que futuras gerações com tecnologia superior consigam adquirir mais conhecimento do que atualmente é possível.

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Informações sobre a formação e história do nosso sistema solar serão reveladas pela amostra, assim como o papel dos asteroides no desenvolvimento de planetas habitáveis, como a Terra. Cientistas acreditam que asteroides carbonáceos, como o Bennu, e permitiram choques com a Terra no início da sua formação, entregando elementos como a água.

“Estamos à procura de pistas sobre a razão pela qual a Terra é um mundo habitável, esta joia rara no espaço exterior que tem oceanos e uma atmosfera protetora”, afirmou Dante Lauretta, líder da pesquisa da missão OSIRIS-REx, sediada na Universidade do Arizona em Tucson.

“Todos esses materiais, acreditamos, foram trazidos por esses asteroides ricos em carbono bem no início da formação do nosso sistema planetário. Pensamos que estamos retornando com esse tipo de material, que possivelmente são representantes literais das sementes da vida que esses asteroides entregaram em nosso planeta inicialmente. Foi isso que levou à nossa incrível biosfera, à evolução biológica e a nossa presença hoje”.


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