A Anistia Internacional declarou, em seu relatório anual publicado na segunda-feira (28/4), que Israel praticou um “genocídio em tempo real” contra os palestinos em Gaza, obrigando a deslocamento de grande parte da população e gerando uma crise humanitária.
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A organização declarou que as forças israelenses em Gaza violaram a Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, com ações que incluem “causar danos físicos ou mentais graves a civis” e “impor deliberadamente condições de vida calculadas para causar sua destruição física”.
Israel “negou, obstruiu e impediu e dificultou” o acesso humanitário a Gaza, incluindo o envio de suprimentos, e invadiu a cidade de Rafah, no sul do território, apesar dos alertas da comunidade internacional e do Tribunal Internacional de Justiça, conforme reportado pelo jornal Al Jazeera.
Desde 7 de outubro de 2023 – quando o Hamas cometeu atrocidades contra cidadãos israelenses e outros, sequestrando mais de 250 reféns – o mundo tem sido testemunha de um genocídio em tempo real, apontou a secretária-geral da Anistia, Agnes Callamard, no relatório.
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Ela afirma que os países observaram impotentes enquanto Israel assassinava milhares de palestinos, extinguindo famílias inteiras de diversas gerações, destruindo residências, meios de sustento, hospitais e escolas.
Callamard declarou que Israel e seus aliados, notadamente os Estados Unidos, “afirmaram ou agiram como se o direito internacional não se aplicasse a eles”.
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100 dias de Donald Trump
O relatório indica que “forças sem precedentes”, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, constituem uma ameaça aos direitos humanos.
Callamard afirma que uma multiplicidade de ataques – contra a responsabilização pelos direitos humanos, o direito internacional e a ONU – foram características dos primeiros 100 dias do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, em 2025.
Donald Trump atingiu a marca de 100 dias de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos na terça-feira (29/4).
Fonte: Metrópoles