A Azul registrou prejuízo de R$ 1,81 bilhão no primeiro trimestre de 2025

A Azul aponta como causas para o desempenho, a desvalorização do real em relação ao dólar, o aumento do custo da gasolina e a inflação.

3 min de leitura

AD9712 PR-ANY

A Azul registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 1,816 bilhão no primeiro trimestre de 2025, aumento de 460,4% em relação à perda de R$ 324,2 milhões no mesmo período de 2024. A íntegra (PDF – 663 kB) do balanço está disponível.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com o ajuste, o resultado líquido alcançou R$ 783,1 bilhões, revertendo um prejuízo de R$ 1,118 bilhão registrado de janeiro a março de 2024. O resultado ajustado exclui o impacto do direito de conversão das debêntures, assim como os efeitos de operações com derivativos e flutuações cambiais não consolidadas.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 1,385 bilhão, representando um avanço de 29,4% em relação ao ano anterior. A margem EBITDA ajustada ficou em 25,7%, com uma redução de 4,6 pontos percentuais em comparação com o período correspondente do ano anterior.

LEIA TAMBÉM!

A empresa atribui o desempenho a fatores como a desvalorização do real em relação ao dólar, o aumento do preço dos combustíveis e a inflação.

A operação no trimestre foi significativamente afetada por fatores macroeconômicos. O CASK total (custo da operação por assento disponível) aumentou 8%, principalmente devido a uma desvalorização média de 18,0% do real em relação ao dólar americano, uma inflação de 5,5% nos últimos 12 meses e um aumento de 3,0% nos preços dos combustíveis, afirmou o CEO John Rodgerson.

No entanto, declarou que esses efeitos foram “parcialmente compensados” pela diminuição de despesas e ganhos de eficiência. O rendimento por empregado aumentou 19% em comparação com o ano anterior. Adicionalmente, a utilização de aeronaves mais recentes contribuiu para a redução do consumo de combustível por passageiro em 2,5%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Receita e demanda em alta.

A receita operacional líquida da empresa atingiu R$ 5,4 bilhões, um valor recorde para o período. Esse resultado corresponde a um crescimento de 15,3% em comparação com o primeiro trimestre de 2024. A Azul atribui o desempenho positivo a um aumento na procura, receitas adicionais e o bom desempenho de suas unidades de negócios que abrangem atividades além do transporte aéreo.

O volume de passageiros, avaliado pelo índice RPK (receita por passageiro por quilômetro voado), aumentou 19,4% no período. A taxa de ocupação ficou em 81,5%, com um crescimento de 2,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

A capacidade, calculada em ASK (assentos por quilômetro oferecido), aumentou 15,6%. Esse crescimento foi impulsionado pelas operações internacionais, que subiram 39,2% em comparação com o ano anterior. No período, foram transportados aproximadamente 8 milhões de passageiros, representando um aumento de 9,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

Custos e endividamento.

As despesas operacionais da Azul totalizaram R$ 4,8 bilhões no período, com crescimento de 24,4% em relação ao ano anterior. O aumento foi resultado da ampliação da oferta, da valorização do dólar em relação ao real e do aumento de 3% nos custos de combustível. A companhia afirma ter mitigado parte da pressão por meio de ações de produtividade e redução de custos.

O resultado financeiro líquido apresentou um saldo positivo de R$ 212,5 milhões, revertendo perdas de R$ 1,925 bilhão registradas no mesmo período do ano anterior.

Em 31 de março de 2025, a dívida líquida da companhia atingia R$ 31,35 bilhões, com um aumento de 50,3% em relação ao ano anterior. O índice de endividamento financeiro (dívida líquida sobre EBITDA ajustado) estava em 5,2 vezes, representando um crescimento de 1,5 ponto percentual na comparação anual.

Fonte: Poder 360

Sair da versão mobile