A boa política inicia com o orçamento, e não com a publicidade, afirma Motta

Motta alega que o país atingiu um ponto crítico e solicitou auxílio para aprovar uma proposta considerada “desagradável”.

07/06/2025 11h49

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu neste sábado (7.jun.2025) o corte nas isenções fiscais, que, para ele, haviam atingido um nível que o país não é mais capaz de suportar. A uma plateia de políticos e empresários, o deputado afirmou que é preciso haver um “mínimo de acompanhamento” na contrapartida de quem recebe benefícios tributários.

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Estamos apresentando à análise o ajuste nas concessões fiscais que foram concedidas em nosso país ao longo do tempo. Isenções adicionais que atingem um número insustentável para as contas do país. Essas isenções não possuem o mínimo de acompanhamento sobre o retorno e a contrapartida que devem ser oferecidos por quem as recebe.

Motta disse que o assunto será debatido com líderes de partidos da Câmara em reunião no domingo (8 de jun), em Brasília. O encontro está agendado para as 20h. O deputado declarou que a discussão sobre uma reforma estruturante para o país foi “empurrada” pela decisão do governo de propor o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

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O parlamentar informou aos jornalistas que poderá apresentar, na terça-feira (10.jun), um PL (Projeto de Lei) com o objetivo de revogar os efeitos da medida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que aumentou as alíquotas do IOF.

Amanhã, após a apresentação das medidas do governo, decidiremos sobre o PL, que pode entrar na pauta na próxima terça-feira. Tudo isso será deliberado após essa conversa. Não é justo termos estabelecido um prazo de 10 dias para que o governo apresentasse alternativas e decidirmos antes disso. Qualquer posição agora fugiria ao que foi combinado.

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Motta declarou que a revisão dos benefícios tributários pode ser uma questão impopular inicialmente, porém, se houver comunicação e para analisar a situação real como ela é, todos compreendem que não há mais tempo para adiar o futuro do país.

O presidente da Câmara afirmou, em pronunciamento repleto de provocações, que a política econômica do governo federal não se alinha com a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que visa a justiça social, uma vez que a irresponsabilidade fiscal leva o país à injustiça.

Não há justiça social com irresponsabilidade fiscal. Não há crescimento com improviso. Não há futuro possível para um país que insiste em empurrar a conta adiante esperando que ela se resolva por magia ou discurso. O Brasil precisa de coragem, sobretudo para entender que a boa política começa no Orçamento e não na propaganda.

Motta afirmou que o modelo de governo no Brasil transformou-se em “uma grande costureira” que tenta solucionar novas crises com reparos no Orçamento da União. “A cada crise, há um novo remendo no cobertor. Mas o fio está acabando e, se nada for feito, a costureira morre e o país também.”

Assista.

A editora Mariana Haubert viajou para Guarujá (SP) por convite da Esfera Brasil.

Fonte por: Poder 360

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