A busca de Bolsonaro para prejudicar o desenvolvimento do processo sobre a trama golpista no STF
A defesa do ex-presidente argumenta que ainda não possui acesso integral às provas do caso, sendo imprescindível o adiamento do depoimento das testemunhas.

Os advogados de Jair Bolsonaro pediram ao Supremo Tribunal Federal o adiamento dos depoimentos de testemunhas no processo sobre a suposta trama golpista. As audiências estavam previstas para a próxima semana.
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A defesa de Bolsonaro sustenta não ter tido tempo hábil para analisar todas as provas reunidas no processo. Os documentos foram entregues aos advogados nesta semana, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. No pedido encaminhado ao STF, os advogados alegam a necessidade de um prazo adicional para avaliar integralmente o material.
Iniciar a instrução sem que a defesa conheça o que não interessou à acusação é impedir que qualquer alternativa surja nos autos. E, dessa forma, é terminar o processo sem que o transcorrer deste possa alterar as convicções hoje abraçadas.
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O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes e o ex-chefe da Marinha Carlos de Almeida Baptista Junior têm depoimentos agendados para a próxima segunda-feira, dia 19. Outras testemunhas, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o presidente do PL, Valdemar da Costa Netto, devem ser ouvidas ainda em maio, conforme o cronograma original. Eles foram indicados como testemunhas pelo próprio Bolsonaro.
O ex-presidente foi indiciado em março deste ano, sob acusações de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta da ordem democrática, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. Além dele, compõem o denominado “núcleo 1” outras sete pessoas: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
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(Com informações da Agência Brasil)
Fonte: Carta Capital