A capital paulista, com dívida superior a R$ 1 bilhão, ainda não realizou contratações para o ano de 2025
O time do Corinthians tem demonstrado reação com a vinda de Hernán Crespo, se aproximando dos líderes na disputa pela Libertadores do Campeonato Brasile…

Após registrar um déficit de R$ 287 milhões em 2024 e observar o aumento do valor total da dívida para R$ 968,2 milhões, o São Paulo adotou uma abordagem distinta no mercado nesta temporada: investir em jogadores disponíveis livremente ou sem custo nas contratações. Essa estratégia evita que o clube incorra em valores desse tipo para reforçar seu elenco neste ano. O cálculo não considera bônus e os salários oferecidos a cada novo reforçado. Desde o término da última temporada, o São Paulo anunciou a chegada de Oscar (ex-Shanghai Port), Wendell (ex-Porto), Juan Dinenno (ex-Cruzeiro), Cédric Soares (ex-Arsenal) e Enzo Díaz (emprestado pelo River Plate). Além disso, Rafael Tolói, ex-São Paulo e Atalanta, já realizou exames médicos e é mais um atleta próximo de ser anunciado pelo time tricolor.
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A grande maioria dos clubes da Série A precisou realizar ao menos um reforço nesta temporada. O Corinthians também enfrentou essa necessidade, além de lidar com uma dívida bilionária e com pouco investimento para o ano de 2025. Cacá, que estava emprestado pelo Tokushima Vortis, foi adquirido de forma permanente no início do ano, por R$ 24 milhões. Hugo Souza também foi contratado de forma definitiva após passagem pelo Flamengo, em empréstimo.
Em campo, o São Paulo tem obtido resultados positivos após a chegada de Hernán Crespo. No Campeonato Brasileiro, o clube se aproximou da disputa pela vaga na Libertadores, com cinco vitórias consecutivas, e decidirá na próxima semana, no Morumbi, contra o Atlético Nacional, a classificação para as quartas de final da Libertadores.
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O único revés após o Mundial de Clubes ocorreu na eliminação frente ao Athletico-PR pela Copa do Brasil. A eliminação, que não estava prevista pelo clube no orçamento para esta temporada, fez o São Paulo deixar de ganhar R$ 4,7 milhões com a classificação às quartas de final. A estratégia no mercado de transferências se justifica ainda mais por esse resultado financeiro negativo. As metas esportivas são estipuladas no orçamento do clube para determinado ano fiscal. Em geral, são menos ousadas em relação às reais ambições da equipe para a temporada, mas servem para limitar os gastos da gestão no ano e, consequentemente, evitar que falte dinheiro para arcar com reforços, dívidas, folhas salariais, entre outros pontos.
Para 2025, a diretoria de Julio Casares manteve as mesmas metas do ano anterior. Na última temporada, contudo, o clube não obteve o alcance da final do Campeonato Paulista, restando na fase de eliminação do planejamento financeiro. Já em 2024, considerando os títulos Estaduais e da Copa do Brasil, o prejuízo já alcança R$ 6,2 milhões — o vice-campeonato Estadual geraria um prêmio de R$ 1,5 milhão.
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As eliminações antecipadas não afetam apenas o valor das premiações. Ao não alcançar a fase decisiva do Campeonato Paulista e as quartas de final da Copa do Brasil, o clube deixa de obter uma receita proveniente da bilheteria desses jogos, que teriam sido realizados no Morumbi. Na última temporada, por exemplo, o São Paulo arrecadou R$ 2,8 milhões com a renda líquida da ida das quartas de final contra o Atlético-MG.
Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias
Fonte por: Jovem Pan