A China apresenta, em Conferência Mundial de IA, um centro dedicado à governança e promove o código aberto
A China promove uma série de iniciativas para impulsionar o debate sobre a governança da inteligência artificial, bem como a cooperação entre os países …

A China inaugurou o Centro para a Governança Inovadora em Inteligência Artificial (IA) Global na abertura da Conferência Mundial de Inteligência Artificial, no sábado (26). O evento anual, que teve sua primeira edição em 2018, também serviu para lançar o Plano de Ação sobre Governança Global da Inteligência Artificial e outras iniciativas de cooperação em IA. O Centro deverá focar em capacitação, promoção da colaboração intelectual, fornecimento de produtos públicos internacionais de alto valor para países em todo o mundo e elaboração de uma estrutura de governança global com amplo consenso e o mais breve possível.
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Bem-estar global em prol da humanidade.
O Plano de Ação lançado pela China no início da conferência defende a inteligência artificial como o “bem público internacional em benefício da humanidade”. O documento com 13 pontos também defende a abertura e o compartilhamento do conhecimento e a aceleração da construção de infraestrutura digital para apoiar o desenvolvimento inclusivo da IA, principalmente nos países do Sul Global. Ele ainda propõe que os países líderes em IA apoiem os “países em desenvolvimento” de forma concreta, como: “construção conjunta de laboratórios, de plataformas de reconhecimento mútuo para avaliação de segurança, educação e treinamento em capacitação em IA (…), construção conjunta de conjuntos de dados”.
Troca de tecnologia
A China doou uma ferramenta de IA para Alertas Precoces de Riscos Múltiplos Urbanos (MAZU-Urban) para o Djibouti e a Mongólia. O “MAZU-Urban” é um sistema de alerta precoce para diversos tipos de desastres urbanos, desenvolvido pelo Escritório Meteorológico de Xangai, que utiliza inteligência artificial, integrando algoritmos avançados e dados de diversas fontes. Também foi lançada a Solução Chinesa para Alertas Antecipados para Todos, também chamada de MAZU. Um programa que envolve desde uma série de sistemas de modelos de previsão de inteligência artificial quanto à formação de profissionais de alerta precoce em países do Sul Global (com bolsas de estudo e programas de pesquisadores visitantes), além do intercâmbio de experiências. MAZU vem da sigla em inglês para Alerta Universal para Múltiplos Riscos sem Lacunas. Mas, em mandarim, também é o nome da deusa dos mares do budismo e taoismo, que protege pescadores e marinheiros.
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A solidariedade em IA
A solidariedade em IA refere-se à colaboração e ao apoio mútuo entre pesquisadores, desenvolvedores e organizações que trabalham no campo da inteligência artificial. Essa colaboração visa promover o
O tema central da conferência deste ano é “Solidariedade Global na Era da IA”, um nome incomum para um evento voltado para a tecnologia. A ministra de Ciência e Tecnologia da Venezuela, Gabriela Jiménez, que participa do evento, ressaltou que “a solidariedade feita aqui não tem a ver apenas com uma questão técnica, mas com a construção de comunidade, de produzir conhecimento compartilhado (…), que deve ser feito com dados e códigos abertos para que todos os povos possam ter acesso”. Uma delegação brasileira está presente na conferência, com representantes de empresas, universidades e órgãos como o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e o SESC-RJ, que está focado em tecnologias para pessoas com deficiência. O Brasil de Fato está cobrindo a conferência diretamente de Xangai.
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Fonte por: Brasil de Fato