A China pode colaborar com o Brasil no desenvolvimento de infraestrutura e logística

Na entrevista à rádio CartaCapital, a ministra do Planejamento e Orçamento detalhou o projeto ambicioso que visa “rasgar” o Brasil com ferrovias.

09/05/2025 13h05

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(Imagem de reprodução da internet).

Nos próximos anos, a China irá “rasgar” o Brasil com ferrovias. Essa é o interesse do presidente chinês Xi Jinping, que há tempos vem negociando com o governo brasileiro um conjunto de parcerias para projetos de infraestrutura e logística. Quem afirma é a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

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Tebet discutiu as negociações sobre as vias de integração sul-americanas e a atuação do Brasil nesse contexto durante uma entrevista ao programa Poder em Pauta, veiculada ao vivo no canal da CartaCapital no YouTube na sexta-feira, 9.

“Estamos lidando com isso com a China desde o primeiro mês do governo Lula”, disse Tebet. “Na primeira reunião com o presidente Xi Jinping, percebi que eles estão muito interessados na questão das ferrovias. Eles querem rasgar o Brasil com ferrovias”, disse a ministra, reconhecendo que os projetos são caros.

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A ministra é uma das principais representantes do Brasil nas negociações com a China, e integrará a comitiva do presidente Lula na viagem prevista para os próximos dias.

Na Ásia, Tebet visa analisar as cinco rotas que compõem o projeto, e definir os termos sobre a edificação de corredores logísticos que conectam o Brasil a portos do Pacífico. Isso facilitaria o transporte de mercadorias para a China.

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Uma rota partirá de Chancay, no Peru, até a costa da Bahia. O porto peruano recebeu investimentos de aproximadamente 3,5 bilhões de dólares, impulsionado pela Cosco, da China. “A intenção é criar um traçado subaquático, abrangendo a região do Acre, descendo, podendo passar pelo Tocantins e chegar até a Bahia”, declarou Tebet.

O projeto também contempla a construção de um corredor bioceânico, que pode funcionar como rota alternativa. “Será algo extraordinário, no sentido de desenvolvimento econômico para o interior do Brasil, para as regiões mais pobres”, comemorou a ministra.

Tebet também mencionou a guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China. Em consonância com o que o governo federal tem declarado, a chefe do Planejamento indicou que o Brasil pode se beneficiar das oportunidades da nova dinâmica comercial.

Outros parceiros comerciais planejam analisar o Brasil.

Fonte: Carta Capital

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