A conduta racista foi tão ofensiva que me surpreendeu, afirma ministra do TSE

Vera Lúcia foi afastada do acesso ao auditório onde ocorreria o seminário em que ela seria palestrante.

22/05/2025 11h55

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(Imagem de reprodução da internet).

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia, afirmou ter sofrido um ato racista em um evento da Corte. Em entrevista à CNN, a magistrada relatou o incidente que a surpreendeu.

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A ministra Vera Lúcia foi impedida de acessar o prédio onde ocorreria um seminário organizado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

Negação sistemática de acesso

A ministra relatou que os atendentes e o vigilante, acionado por ela, se recusaram a examinar, sequer, a minha identificação.

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Vera Lúcia declarou que entregou sua carteira funcional com o brasão do Poder Judiciário, porém seu acesso foi recusado.

A ministra destacou que não ocorreu uma declaração explícita de insulto racial, mas sim uma série de ações que obstruíram o acesso de uma pessoa negra ao local público.

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Ele afirmou que não houve declaração de que sua cor era motivo para impedir a entrada, mas sim uma série de ações que impediram o acesso ao local ao qual foi convidado, exclusivamente por ser negro.

O Brasil como expressão da exclusão racial.

Vera Lúcia abordou a presença de indivíduos negros no âmbito jurídico. Ela ressaltou que o país é segregado a partir do recorte racial, o que se manifesta em todas as áreas, incluindo o sistema judiciário.

A ministra destacou os esforços do Poder Judiciário na implementação de políticas de ação afirmativa, mencionando sua atuação no TSE como evidência desse compromisso.

Contudo, ressaltou que ainda há muito a ser feito no combate ao racismo estrutural.

“Qualquer pessoa, em qualquer tipo de relação, hierarquiza essa relação em função da sua cor da pele”, declarou Vera Lúcia, destacando que o racismo pode ser reproduzido até mesmo por indivíduos negros em cargos de poder.

Fonte: CNN Brasil

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