A crise no Oriente Médio provoca cisão no movimento “MAGA” nos EUA e coloca Trump em situação delicada após a campanha de paz
A base do movimento se fragmenta: por um lado, predomina uma corrente isolacionista; por outro, há aqueles que instigam o líder a apoiar Israel.

Os republicanos apoiaram os ataques de Israel ao Irã, porém a crise obriga o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a equilibrar-se devido às divergências no movimento “Make America Great Again” (MAGA), dividido entre intervencionistas e isolacionistas. O anúncio dos ataques foi elogiado por Mark Levin, um analista político de direita. “Os iranianos estão prestes a receber uma punição”, declarou. No entanto, parte dos ativistas do movimento MAGA de Trump se opõe a essa movimentação, não quer soldados americanos envolvidos e alerta contra demonstrações de apoio a Israel. A base do movimento está dividida. Por um lado, há uma forte corrente isolacionista, do outro, uma que incita o mandatário a apoiar Israel. Charlie Kirk, um nome de destaque do MAGA e aliado mais leal do chefe de Estado, analisou a reação de sua audiência pró-Trump. “Os e-mails são esmagadoramente contrários a que Israel faça isso, eu diria que é provavelmente uma proporção de 99 para um”, comentou. Ele parece ter mudado de opinião na sexta-feira, dizendo à ABC que o ataque foi “excelente”. Mas isto não agradará a muitos de seus apoiadores.
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O republicano, que defende o lema “Estados Unidos em primeiro lugar”, concorreu às eleições como um promotor da paz e declarou, durante a campanha, que encerrava as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia. Atualmente, muitos de seus apoiadores observam a ofensiva de Israel como um teste e temem que os EUA sejam envolvidos nas hostilidades. Tucker Carlson, figura influente da extrema direita americana e ex-apresentador da Fox News, recordou que “Trump fez campanha para a Presidência como um candidato da paz”. “Uma guerra com o Irã representaria uma profunda traição aos seus apoiadores”, disse ele na semana passada, alertando que tal conflito poderia “muito facilmente se transformar em uma guerra mundial”.
O secretário de Estado, Marco Rubio, usualmente um defensor de uma política externa firme, agiu prontamente em se afastar dos ataques “isolados” de Israel, que visavam instalações de enriquecimento de urânio e resultaram na morte de oficiais iranianos de alto escalão. Trump anteriormente enfatizou que o Irã não poderia obter armas nucleares, mas declarou, antes dos ataques, que se opunha a uma ação militar.
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Com informações da AFP
Fonte por: Jovem Pan
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