A “Dama do tráfico amazonense” também se encontrou com Boulos
13/11/2023 às 14h03
Após se encontrar com membros do Ministério da Justiça e Segurança Pública em Brasília, Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, teve uma reunião com o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP).
Esse encontro aconteceu em 4 de maio, dois dias depois de seu encontro com Rafael Velasco Brandani, chefe da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
No Instagram da Associação Instituto Liberdade do Amazonas, entidade da qual ela é presidente, ela agradeceu a Boulos pela “oportunidade de ser recebida e ouvida com toda atenção e solidariedade à nossa causa”.
Segundo o Estadão, Luciane Barbosa Farias é casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, um líder do Comando Vermelho no Amazonas. Ambos foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e participação em organização criminosa. Com uma sentença de dez anos de prisão, a “dama do tráfico amazonense” responde em liberdade.
O Ministério Público do Amazonas afirma que ela “teve um papel crucial na ocultação de valores provenientes do narcotráfico, adquirindo carros de luxo, imóveis e estabelecendo ’empresas laranjas’.”
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A assessoria de Boulos declarou em nota que ele conheceu Luciane no Salão Verde da Câmara dos Deputados, o que impossibilitou que ele tivesse conhecimento prévio do histórico dela.
“O deputado foi abordado no Salão Verde da Câmara por duas mulheres, que se apresentaram como representantes do Instituto Liberdade do Amazonas, que pediram para apresentar suas demandas. O deputado, então, ouviu as demandas no próprio Salão Verde, que é uma área de livre circulação.
Segundo o relato delas na ocasião, o instituto atua em defesa dos direitos humanos e denuncia torturas em presídios da região norte do país. A pedido delas, o deputado também posou para fotos – como faz diariamente com dezenas de pessoas.
Demandas como essa são apresentadas presencialmente todos os dias aos parlamentares por pessoas de todo o Brasil, o que impossibilita que se saiba com antecedência o histórico ou as ligações de cada uma delas.”