A decisão de Moraes de prender Bolsonaro só será encaminhada à Primeira Turma do STF se a defesa apresentar recurso

O regime de prisão domiciliar foi determinado após o ex-presidente comparecer virtualmente a uma manifestação no Rio de Janeiro; um vídeo foi publicado …

05/08/2025 9h34

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SP - TRAMA GOLPISTA/ATO/BOLSONARO/APOIADORES/SP - POLÍTICA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursa para apoiadores em ato na Avenida Paulista, na região centro-sul da cidade de São Paulo, na tarde deste domingo, 29 de junho de 2025. Bolsonaro tenta ganhar força em meio ao avanço do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista de 8 de janeiro de 2023, que ele é acusado de liderar. 29/06/2025 - Foto: GABRIEL SILVA/E.FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve ser encaminhada à Primeira Turma, competente para julgar os processos sobre a tentativa de golpe, caso a defesa do ex-presidente apresente recurso. A decisão anteriormente proferida por Moraes de impor medidas cautelares a Bolsonaro já previa a prisão preventiva em caso de descumprimento, sendo referendada pela turma por quatro votos a um. Somente o ministro Luiz Fux votou contra o relator. A decretação de prisão por descumprimento de medida cautelar é uma prerrogativa do relator do processo durante as investigações, se considerar que se faz necessária.

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A prisão domiciliar foi determinada nesta segunda-feira (4) após Bolsonaro participar remotamente de manifestação organizada por seus apoiadores no Rio de Janeiro. O vídeo foi postado em rede social por Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, que posteriormente removeu a publicação. Uma das medidas restritivas impostas a Bolsonaro é o afastamento das redes sociais. Ele deverá aguardar o julgamento final, previsto para setembro, na prisão domiciliar.

Especialistas consultados pelo Estadão indicam que, ao contornar a proibição do STF, Bolsonaro gerou a possibilidade de prisão domiciliar, mas estimam que a defesa buscará levar o caso à discussão na Primeira Turma do STF para reverter a decisão. Os advogados do ex-presidente divulgaram comunicado em que negam que Bolsonaro tenha infringido a medida cautelar ao realizar uma manifestação em local público, afirmando que observou todas as restrições impostas pelo STF e confirmando que ingressarão com recursos para tentar revogar a determinação.

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Em julho passado, Alexandre Moraes proibiu Bolsonaro de utilizar redes sociais, inclusive por meio de intermediários. Contudo, o ministro considerou que o descumprimento foi isolado, alertando o ex-presidente para que não ocorresse novamente.

Na segunda-feira (4), o ministro determinou a prisão domiciliar e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) participou dos atos contra Moraes e o STF no Rio de Janeiro e em São Paulo, por meio de ligação e chamada de vídeo. No Rio, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) saudou o ex-presidente. Em São Paulo, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) transmitiu a imagem de Bolsonaro ao vivo em um telão, mas o ex-presidente permaneceu em silêncio e não se dirigiu aos manifestantes. Após o decreto, Moraes afirmou que Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Flávio Bolsonaro replicaram a participação do pai em suas redes sociais. O senador, que havia publicado o vídeo com a fala de Bolsonaro em Copacabana, apagou a publicação posteriormente. Carlos publicou uma foto de Bolsonaro ao lado da piscina durante a chamada.

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Com informações do Estadão Contido.

Fonte por: Jovem Pan

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