A partir do 2 de maio, as reembolses internacionais com valor comercial até US$800 perderão isenção fiscal sobre impostos de importação nos Estados Unidos, conforme anunciado pelo presidente Donald Trump. Essa medida já está causando o fechamento de fornecedores chineses da fast fashion – especialmente aqueles que abastecem a varejista Shein e se concentram em um distrito conhecido como “Vila Shein”. A empresa, assim como Temu, anunciaram recentemente uma aumento nos preços das reembolses destinadas ao país.
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Efeito da Medida Tomada por Trump
A política abolida por Trump é conhecida como “de minimis” e fazia com que os baixos preços dos produtos despertassem o interesse de consumidores estadunidenses em compras nas lojas virtuais, como a Shein. Isso afeta diretamente a cadeia de produção dos fornecedores da marca e se dá numa situação de lento e estável crescimento econômico que já enfrentava a China, resultando em menos vendas e pedidos na famosa varejista on-line.
uma queda na demanda fechou as atividades dos fornecedores. Acumulados estocagens e peças inacabadas tomaram controle de oficinas. Alguns empresários locais passam a comercializar itens diretamente nas redes sociais, como relatado ao jornal Valor Econômico. Enquanto isso, o varejista incentivou alguns deles para produzir em Vietnã, uma forma de redução do impacto das tarifas impostos pelo presidente americano.
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O aumento dos preços anunciados pela Shein está previsto para ocorrer em 25 de abril. Na comunicação, a plataforma sugeriu que consumidores estadunidenses fizessem compras até essa data para aproveitar os valores vigentes atualmente.
“Estamos fazendo o máximo em nosso poder para manter os preços baixos e minimizar seu impacto. Nossa equipe está trabalhando incansavelmente para melhorar sua experiência de compra, mantida fiel à nossa missão: torná-la moda acessível a todos.”
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Desafios
Pequenos empreendimentos sem recursos financeiros suficientes para lidar com uma possível relocalização foram obrigados a fechar as portas de operação. Essa dificuldade afeta fabricantes situados nas diversas cidades, como exemplo Panyu e Dongguan entre outras. Em face da guerra comercial entre Estados Unidos e China, uma das estratégias adotadas pelos fornecedores chineses é reforçar os negócios na Ásia com envios mais baratos e rápidos para países próximos como Japão e Singapura.
Antes da reeleição de Donald Trump nos EUA, empresas americanas já estavam se distanciando do mercado chinês. Isso também ocorreu com uma fábrica localizada em Dongguan que perdeu quatro clientes estadunidenses no final de 2024 e sofreu prejuízos anualmente na quantia de US$150 milhões. As exportações representaram cerca de oitenta por cento do seu faturamento ao ano passado, estimados em aproximadamente U$3.4 bilhão.
Os americanos norte-americanos compram quase tudo o seu vestuario (98%) no exterior, enquanto seus calçados são importados em 99%. A China é sua principal fonte de roupas e avaliada como fornecedora de três deles por cada diez. Plataformas populares entre os consumidoires estadunidenses desde o ano de 2020 incluem Shein, TikTokShop e Temu devidos às suas ofertas mais baratas em comparação com lojas locais.
outras marketplaces
Para se anticipar às taxas impostas pelas empresas chinesas em remessas enviadas a Estados Unidos, houve um reforço nas mesmas no mês de março deste ano, resultando numa aumento superior a 9% comparado ao período anterior (2024). Agora com uma tarifa anunciada pelo menos em 145%, sobre as importações chinesas nos EUA é esperado que o volume das vendas para esse país decresça, enquanto aumente no mercados de países europeus e da Ásia – inclusive oferecendo preços reduzidos.
Em resposta às tarifas mencionadas no site Hypebeast, os consumidores americanos buscaram sites comerciais eletrônicos que vendem por atacado como o Alibaba e DHgate ou Taobao. Esses dois tiveram um aumento na segunda e quinta posição da AppStore dos EUA desde 17 de abril, respectivamente.
Nesta sala exibida está o histórico da variação recentes das taxas impostos por Donald Trump sobre a China, como segue:1. Tarifa de importação para produtos chineses aumentou em janeiro de 2018 até então atingir os níveis mais altos na história dos Estados Unidos;2. Em março do mesmo ano Trump anunciava que as tarifas seriam suspensa por um período limitado, mas no mês seguinte eles foram reinstaurados com taxas ainda maiores em alguns produtos chineses e aumento das outras;3. Em dezembro do mesmo ano Trump anunciava que as tarifas seriam reduzidas para 40% dos níveis originais, mas no mês seguinte ele reiterou a sua decisão inicial sobre o imposto em relação à China;
Fonte: Metrópoles